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Índios barram acesso a canteiro de obras de Belo Monte

Grupo que bloqueia estrada de acesso ao chamado Sítio Pimental se queixa de águas turvas e exige indenização; outros acessos estão liberados

Por Da Redação
9 jan 2013, 21h19

Há três dias índios da etnia Juruna bloqueiam a estrada que dá acesso ao Sítio Pimental, um dos três canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, em Altamira do Pará. Esta é a sétima paralisação do empreendimento mais importante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em nota, a Norte Energia, empresa responsável pela hidrelétrica, informou que os índios queixam-se de que as obras deixaram as águas do Rio Xingu turvas, impedindo-os de pescar. Ainda segundo a empresa, eles exigiram, inicialmente, 300 mil reais a título de compensação ambiental e mais a construção de poços artesianos nas aldeias para liberar a pista.

Bloqueio – Nos dois primeiros dias do bloqueio, não houve travessia de caminhões. Nesta quarta-feira, apenas caminhões transportando combustível e alimentos aos trabalhadores alojados no canteiro de obras e o pessoal de limpeza e segurança foram autorizados pelos índios a entrar no Sítio Pimental (a 69 km de Altamira), onde trabalham aproximadamente 4 mil funcionários diretos e terceirizados.

O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras nos canteiros, disse através da assessoria que “aguarda um acordo entre a Norte Energia e as lideranças indígenas para que possa retomar a produção no Sítio Pimental. Há possibilidade de que a volta ao trabalho em Pimental ocorra na manhã de quinta-feira”.

Outros acessos – Ainda de acordo com o CCBM, apesar da interrupção total dos serviços no Sítio Pimental, o bloqueio não afetou o acesso aos outros dois canteiros de obras: Canais e Diques, que ficam na mesma estrada vicinal, a chamada Travessão 27. Ambos se encontram antes da entrada do Sítio Pimental.

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Segundo o CCBM, a construção da Hidrelétrica Belo Monte, “é uma grande obra que tem um cronograma de longo prazo (conclusão em 2019). Por esse motivo, não é possível mensurar prejuízos por paralisação em um só canteiro em períodos curtos”.

De acordo com o consórcio, em obras do gênero, a paralisação do trabalho em um canteiro pode ser compensada, por exemplo, com o remanejamento pontual de equipes de outras frentes de obras para o canteiro que permaneceu por alguns dias sem produção. Retomado o cronograma, as equipes de fora retornam para a frente de obras de origem.

A assessoria da Norte Energia informou que o diálogo “com os Juruna para desbloqueio do Travessão 27 ainda não havia encerrado até às 18 horas”.

(com Estadão Conteúdo)

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