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Ilan: centro da meta de inflação em 2017 é alvo ‘ambicioso e crível’

Presidente do BC participou nesta terça da primeira apresentação do Relatório Trimestral de Inflação desde que assumiu o cargo

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jun 2016, 12h31

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira que alcançar o centro da meta de inflação em 2017 é uma expectativa “ambiciosa e crível”. As declarações foram dadas na apresentação do Relatório Trimestral de Inflação, o primeiro de que Goldfajn participa desde que assumiu o comando do BC. O centro da meta é de 4,5%, com tolerância de chegar a 6% – a tolerância para 2016 é até 6,5%.

O chefe da autoridade monetária leva em conta que, embora seja um projeto “ambicioso”, atingir o centro da meta já no próximo ano, isso será possível na medida em que o governo interino de Michel Temer consiga abrir caminho para a aprovação de medidas fiscais e de melhora na percepção do crescimento da economia e no perfil da dívida pública.

“O centro da meta em 2017 é [uma proposta] ambiciosa e crível ao mesmo tempo. Ambiciosa porque viemos de uma inflação de quase 11% em 2015. Crível porque, analisando projeções de inflação e a conjuntura econômica, temos condições de atingir centro da meta em 2017, ou seja, daqui a dezoito meses”, disse.

No Relatório de Inflação divulgado nesta terça, o BC prevê IPCA de 6,9% em 2016, patamar um pouco superior ao de sua projeção anterior, de 6,6%. Para 2017, a previsão é de IPCA de 4,7%, pouco abaixo da estimativa feita há três meses, de 4,9%, e bem próxima do centro da meta.

Embora o presidente interino Michel Temer tenha afirmado que espera uma redução de juros ainda este ano, o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn garantiu que não há pressão sobre o BC para que o ‘desejo’ do peemedebista seja colocado em prática de imediato.

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“O que está sendo colocado é que estamos criando condições para a redução da taxa de juros. Esperamos que as condições se apresentem. Todo mundo está acreditando que isso tem que ser feito de forma responsável. Aqui tem um consenso de que tem que ter as condições necessárias e que [a redução dos juros] tem que ser feita de forma responsável”, disse o chefe do BC.

Ainda que o governo interino tenha prometido autonomia operacional do BC, a proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o tema ainda não foi encaminhada ao Congresso.

Brexit – Os efeitos de curto prazo da decisão dos britânicos de sair da União da Europeia estão sendo contidos, mas há incertezas sobre o crescimento global futuro, Goldfajn. “Vamos enfrentar volatilidade e choques aos longos dos anos. O choque mais recente é o chamado Brexit [saída dos britânicos da União Europeia]”, disse.

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O presidente do BC diz que o Brexit traz implicações principalmente no comércio e no crescimento global. “Ainda não estão totalmente mapeadas a consequências para o futuro. Há que se observar o impacto no mundo e por consequência no Brasil”, declarou. “Deve reduzir, de alguma forma, o crescimento global e pode influenciar o crescimento no Brasil.”

Goldfajn afirmou que os bancos centrais de 60 países, reunidos no último final de semana, se comprometeram a monitorar os efeitos do Brexit e usar instrumentos que forem necessários. Em plebiscito realizado no último dia 23, os britânicos decidiram pela saída do Reino Unido da União Europeia.

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