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IBGE divulgará dados nacionais sobre desemprego a cada trimestre

Desemprego mensal, computado apenas a partir de seis regiões metropolitanas, deixará de ser divulgado no fim de 2014. Dados sobre trabalho serão apresentados na PNAD Contínua a partir desta sexta-feira

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
13 jan 2014, 16h04

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começará, nesta sexta-feira, a modificar o formato e a metodologia de divulgação dos dados sobre emprego no Brasil. Os detalhes da nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), chamada pelos pesquisadores de “PNAD Contínua”, foram apresentados nesta segunda-feira. A pesquisa vai substituir, aos poucos, a PNAD e a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), que coletava o desemprego mensal nas principais regiões do país. A taxa de desemprego das seis principais regiões metropolitanas – formato adotado até então – deixará de ser divulgada mensalmente a partir do fim deste ano.

Economistas envolvidos com pesquisas sobre emprego e trabalho acreditam que o dado trimestral, que engloba todo o Brasil, deverá revelar uma taxa ligeiramente maior que os dados trimestrais – pois já há, entre a PME e a PNAD nacional, uma discrepância nesse sentido. Em 2012, por exemplo, a PNAD, coletada na última semana de setembro de 2012, apresentou nacionalmente uma taxa de desemprego de 6,7%, conforme análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Já a PME, do IBGE, nas seis principais regiões do país, mostrou uma taxa de desemprego de 5,4% em setembro de 2012 e de 5,5% na média de 2012. Na próxima sexta-feira (17), será apresentado pela primeira vez o resultado trimestral de dados conjunturais do mercado de trabalho, para todo o país, referentes ao ano de 2012 e ao primeiro semestre de 2013.

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A transição da divulgação ocorrerá em etapas até o fim deste ano. Por isso, a PME continuará a ser apresentada, com os dados mensais, até o resultado de dezembro de 2014. Com a nova PNAD Contínua, as informações do mercado de trabalho serão apresentadas trimestralmente, para todo o país e por unidade da federação. A PME só divulga esses dados para as regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Recife. Anualmente, serão anunciados indicadores estruturais de educação e imigração, com mais detalhes do que na pesquisa antiga.

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A abrangência da PNAD Contínua será maior do que o modelo anterior. Serão entrevistados moradores de 3.464 municípios nesta nova versão, contra 1.100 cidades na modalidade anterior.

O IBGE informou que ainda estuda se conseguirá apresentar uma taxa de desemprego mensal, em escala nacional, a partir de 2015. A mudança para uma periodicidade trimestral, em troca de uma abrangência nacional das informações, foi defendida pelo instituto, com a justificativa de que em poucos meses pesquisados houve variação “significativa” na taxa de desemprego. “Estudos do IBGE mostram que as variações mensais, geradas pela PME, para vários indicadores não são significativas”, diz apresentação do IBGE.

Mesmo sem garantir que o país terá uma taxa nacional de desemprego a partir de 2015, Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, disse que estudos mostram que isso seria possível, embora ainda não existam indicações nesse sentido para uma divulgação do rendimento médio mensal nacional. Mas ele disse que é preciso analisar se é possível operacionalizar tal apresentação mensal, por falta de recursos. “Em termos de recursos, ficaria difícil uma coleta nacional nesse modelo”, disse Azeredo.

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