Greve de servidores impede IBGE de divulgar dados do desemprego
Por causa da paralisação, não foi possível calcular a taxa de desemprego das regiões do Rio de Janeiro e Salvador. Por isso, a média nacional também não foi consolidada
A greve parcial dos funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) impediu novamente a divulgação da taxa média de desemprego de julho nesta quinta-feira. O indicador de junho também não havia sido divulgado pela mesma razão.
Os dados referentes ao mercado de trabalho das regiões do Rio de Janeiro e de Salvador sobre o desempenho de julho foram coletados, porém não analisados. Por isso, o IBGE optou por informar apenas os resultados de quatro das seis regiões metropolitanas que compõem o indicador.
O IBGE informou que não há definição sobre quando os números completos de junho e julho serão divulgados, já que o trabalho depende do fim da greve. “Estamos na expectativa de que não irá se alongar muito”, afirmou a diretora de Pesquisas do IBGE, Marcia Quintslr. Ainda de acordo com o IBGE, haverá a divulgação completa do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo dia 31, apesar da greve dos funcionários públicos.
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Avaliados – Dentro das regiões com dados divulgados, não houve grandes alterações entre junho e julho, com exceção de São Paulo que teve queda de 0,8 ponto percentual em seu indicador de desemprego em julho na comparação com junho, ao registrar 5,7%. Recife foi a única das quatro regiões avaliadas que teve alta do número de desempregados na comparação mensal, ainda que tímida, de 6,3% para 6,5% no sétimo mês.
Já em Belo Horizonte e Porto Alegre as taxas passaram de 4,5% para 4,4% e 4% para 3,8%, respectivamente. As variações das capitais pernambucana, paranaense e mineira são consideráveis estáveis pelo IBGE. Em julho de 2011, Recife, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre haviam registrado taxas de desemprego de 6,3%, 6,5%, 4,7% e 4,7%.
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Ocupação – A população empregada pouco variou também entre junho e julho, com destaque apenas para Porto Alegre que teve queda de 2,8%, o que representou uma redução de 52 mil pessoas no contingente de ocupados. A população ocupada permaneceu estável em Recife, Belo Horizonte e São Paulo. Em relação a julho de 2011, apenas Recife registrou alta de 2,7% no número de empregados e a taxa permaneceu inalterada nas demais regiões.
Nos destaques setoriais, houve 8,7% de crescimento na construção em Belo Horizonte e 7,2% na educação, saúde e administração pública em São Paulo. Em Belo Horizonte, os grupamentos da indústria e dos serviços domésticos tiveram queda de 9,2% e 10,7%, respectivamente.
Salário – Enquanto pouco muda nas taxas de ocupação e desocupação, segundo o IBGE, os salários estão menores em julho do que em junho. Houve queda de 1,1% em São Paulo, 3,5% em Recife e 1,8% em Belo Horizonte. Apenas em Porto Alegre não houve variação. Porém, em relação a julho de 2011, houve aumento em todas as regiões., com destaque para Recife e Belo Horizonte, onde os salários aumentaram 5% em um ano.
(Com agências Estado e Reuters)