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Grécia desiste de pedir perdão da dívida e tenta ganhar confiança da zona do euro

País estuda proposta de atrelar dívida à crescimento econômico e diz não querer confronto com a Comissão Europeia

Por Da Redação
3 fev 2015, 13h28

O novo governo da Grécia abandonou os pedidos pelo perdão de sua dívida externa e propôs o fim do impasse com seus credores oficiais, trocando a dívida por títulos indexados ao crescimento, uma semana depois de ser eleito com base em uma plataforma contra as medidas de austeridade.

O ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, que está em Londres para tranquilizar os investidores privados, declarou, na segunda-feira, não estar à procura de um confronto com a Comissão Europeia sobre um novo acordo da dívida e que o novo governo de esquerda grego pouparia de perdas os títulos em mãos de particulares, disse uma fonte à Reuters.

As propostas mencionadas, que incluem a promessa de reformar a economia grega, contrastam fortemente com as promessas firmes feitas pelo governo em Atenas na semana passada de abandonar as condições difíceis de austeridade impostas pelo plano de resgate financeiro da Grécia.

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“Esses títulos detidos pelo BCE podem ser reestruturados agora. É possível transformá-los em bônus sem data de vencimento ou em dívida atrelada ao crescimento”, disse à agência Reuters uma fonte ligada ao assunto que não quis se identificar. “A mesma coisa se aplica aos outros títulos em mãos do setor oficial.”

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, disse à Reuters em uma entrevista na segunda-feira pela manhã que a Alemanha não aceitaria nenhuma alteração unilateral no programa da dívida da Grécia.

“Queremos que a Grécia continue indo por esse caminho bem-sucedido, para o interesse da Grécia e dos gregos, mas não vamos aceitar mudanças unilaterais do programa”, disse ele à Reuters, na cúpula da zona do euro.

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Varoufakis chamou o seu plano de “menu de troca da dívida”, o que significa que Atenas não pretende mais pedir um perdão da dívida externa grega, de 315 bilhões de euros (360 milhões de dólares), de acordo com o Financial Times.

“O que eu vou dizer para os nossos parceiros é que estamos montando uma combinação de um superávit primário e uma agenda de reformas”, afirmou Varoufakis ao jornal.

“Eu vou dizer: ‘Ajude-nos a reformar o nosso país e deem-nos algum espaço fiscal para fazer isso, do contrário continuaremos a sufocar e teremos uma Grécia deformada, e não reformada’.”

(Com agência Reuters)

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