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Graça alerta Mantega sobre alta do endividamento da Petrobras

Se a alavancagem da empresa passar dos atuais 2,7 para 3,5 vezes a relação entre a dívida líquida e a geração de caixa (Ebitda), a Petrobras pode perder seu grau de investimento - o que causa apreensão na presidente

Por Da Redação
9 fev 2013, 09h34

A presidente da Petrobras, Graça Foster, apresentou nesta semana ao ministro da Fazenda e presidente do conselho de administração da companhia, Guido Mantega, um cenário alarmante para o endividamento da empresa neste ano, segundo fonte ouvida pela Agência Estado.

Mantendo as atuais condições, a alavancagem passará no quarto trimestre para 3,5 vezes a relação entre a dívida líquida e a geração de caixa (Ebitda). Este resultado levaria a companhia a ter sua nota rebaixada por agências de classificação de risco e perder o “grau de investimento”. O quadro mostra a necessidade de reforçar o caixa da empresa, por exemplo, com novo aumento de combustíveis ao longo do ano.

Fundos internacionais que têm como premissa só investir em empresas com grau de investimento seriam obrigados a se desfazer do papel.

Empréstimos da empresa vinculados a esta classificação também seriam automaticamente reajustados, aumentando o custo da já enorme dívida da empresa, entre outros efeitos.

O limite de conforto fixado internamente pela Petrobras é de 2,5 vezes; o máximo aceitável seria uma alavancagem de 3 vezes. O nível de segurança foi ultrapassado no resultado do quarto trimestre de 2012, apresentado na segunda-feira. O indicador saiu de 1,66 vez no quarto trimestre de 2011 para 2,77 vezes no quarto trimestre de 2012, surpreendendo o mercado.

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No terceiro trimestre, a relação já estava em 2,42 vezes. Na terça-feira, um dia depois de ser comunicado pela diretoria da Petrobras sobre a previsão para o agravamento do endividamento da companhia, Mantega mudou de discurso e admitiu um controle menos rigoroso sobre os preços dos combustíveis na refinaria. “Nós procuraremos estar mais colados à variação de preços do barril de petróleo lá fora para que não haja, digamos, nenhum prejuízo para a Petrobrás”, disse o ministro em Brasília.

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Mantega descartou, na ocasião, nova elevação dos combustíveis. O recado dado à imprensa foi o mesmo passado internamente para a presidente Graça Foster na segunda-feira. “Nós acabamos de dar um aumento para a gasolina, portanto, não me parece oportuno falarmos de um novo aumento”, disse.

Na entrevista de terça-feira para a divulgação do balanço, o Rio, a presidente Graça Foster considerou a situação de endividamento “preocupante” e reconheceu que o indicador poderia passar de 2,77 vezes durante o ano.

Para resolver o problema a Petrobras teria que elevar a geração de caixa ou reduzir o endividamento. A venda de ativos no exterior é um dos poucos recursos que a empresa pode lançar mão sem necessidade de qualquer interferência. Outra medida que está sendo articulada é encontrar sócios para seus empreendimentos, de forma a reduzir os investimentos sem cortar projetos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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