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Governo deveria ter feito esforço maior para reduzir gastos, diz especialista em contas públicas

Para Raul Velloso, medidas fiscais anunciadas nesta segunda não tocaram em questões delicadas, como a remuneração do funcionalismo, por causa da crise política

Por Luís Lima 14 set 2015, 19h53

O governo poderia ter feito um esforço maior na parte dos gastos para ampliar a economia prevista para 2016, de 26 bilhões de reais, diz Raul Velloso, um dos maiores especialista em contas públicas do país. “O anúncio veio em linha com o que se esperava. Na parte dos gastos, o governo não tocou em questões mais delicadas, que poderiam desgastá-lo ainda mais”, disse. Segundo ele, três itens respondem por 75% do total de gastos do governo: previdência, assistência e pessoal. “Não teve exinção ou redução de nada, apenas o adiamento de reajuste e outras medidas de menor importância”, avaliou. “Sem mexer nesses três itens, não se altera a estrutura.”

Entre as medidas anunciadas está o adiamento do reajuste do salário dos servidores públicos até agosto do ano que vem. Com essa medida, o governo espera 7 bilhões de reais a menos nos gastos públicos no próximo ano. “Tenho certeza que deveria ter sido feito algo além do que foi anunciado”, disse.

O especialista lembra que muitas das medidas anunciadas podem não se materializar porque dependem do Congresso. “Com isso, o que pode ocorrer, no limite, é o que tememos: corte de investimentos aliado a medidas na área tributária via aumento de impostos”, diz.

Sobre a recriação da extinta CPFM, Velloso diz que é preciso acompanhar a reação do Congresso. “Mas a proposição da volta do imposto do cheque, em si, é algo que era esperado. É muito dificil um governo fraco como esse, que não tem condições de fazer muita coisa na parte de gastos, apelar para outra coisa”, diz. Para ele, com o ajuste do tamanho que deve ser feito, não há outro jeito. “O único imposto que tem impacto grande e que pode ser visto como algo menos sensível ao bolso das pessoas, ainda que haja rejeição, é a CPMF”, conclui.

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