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Governo planeja tributo sobre transações financeiras

Ministério do Planejamento abriu consulta para bancos sobre proposta de cobrança de operações da folha de salários de servidores públicos

Por Da Redação
11 set 2015, 10h51

O governo estuda criar um novo imposto, a partir de conversas com o setor financeiro, para aumentar as receitas e cobrir o déficit primário nas contas de 2016, segundo reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico nesta sexta-feira. A intenção é instituir um tributo temporário sobre a intermediação financeira, com base de tributação semelhante à da extinta CPMF, mais conhecida como imposto do cheque. A diferença é que haveria um sistema de alíquotas decrescentes ano a ano até chegar a zero. A medida seria proposta em meio às dificuldades em cortar gastos públicos.

A ideia é cobrar dos bancos pela operação da folha de pagamento dos servidores públicos, o que deve alavancar as receitas do Tesouro. O Ministério do Planejamento deu o primeiro passo: abriu uma consulta pública com as regras gerais do edital de credenciamento das instituições financeiras para o processo. Até a próxima terça-feira, os interessados devem encaminhar as dúvidas sobre as cláusulas do edital.

Atualmente, o negócio envolve cerca de 1,4 milhão de beneficiários e movimenta, liquidamente, 7,9 bilhões de reais. O maior pagador de salários dos servidores públicos federais é o Banco do Brasil.

Em entrevista ao jornal, publicada na quinta, a presidente Dilma Rousseff reforçou o compromisso do governo em cumprir com a meta de superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Durante a tarde, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, concedeu entrevista coletiva, na qual não apontou os caminhos concretos para que o alvo fiscal seja atingido – nem via corte de gatos, nem via aumento de impostos.

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Para o titular da Fazenda, o ideal a ser realizado é um corte drástico no Orçamento, mas Dilma resiste. “Como contingenciar 64 bilhões de reais, hein? Como”, questionou na entrevista dada ao Valo, mencionando os gastos obrigatórios por lei (77,4% do total) e enfatizando a necessidade de aumento de impostos, como já sugerido pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

Nesta sexta, o governo anunciará medidas administrativas, como corte de cargos comissionados. Já o Congresso pode levar a diante a proposta que acaba gradualmente com a dedutibilidade da distribuição de lucros na forma de juros sobre capital próprio (JCP). Além disso, planeja reduzir os repasses ao “Sistema S” e taxar, com Imposto de Renda, aplicações financeiras como as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), atualmente isentas.

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(Da redação)

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