Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo autoriza abatimento de desonerações da meta fiscal

LDO permitia apenas abatimento dos investimentos do PAC; com a modificação, desonerações poderão entrar como justificativas para meta menor

Por Da Redação
12 ago 2013, 14h44

O governo publicou, nesta segunda-feira, uma portaria assinada pelo ministro Guido Mantega que regulamenta a utilização das desonerações tributárias para flexibilizar a meta de superávit primário. O texto informa que a Receita Federal deverá enviar à Fazenda relatórios bimestrais sobre as desonerações e renúncias fiscais da União. Segundo a portaria, as informações do relatório “poderão ser utilizadas para efeito de comprovação do abatimento da meta de superávit fiscal de que trata o artigo 3º da Lei nº 12.708”. Ou seja, o relatório será usado para subsidiar o governo no cálculo final do abatimento da meta de superávit primário.

“O sistema já funciona dessa maneira, mas não havia regulamentação. Aproveitamos momento em que não há previsão de novas medidas de desoneração no curto prazo para regulamentar isso de modo a não provocar nenhuma discussão”, afirmou o secretário-executivo interino do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, acrescentando não estarem no horizonte novas reduções de impostos.

Leia também:

Defesa e Fazenda terão os maiores cortes de orçamento

Superávit é o menor para o semestre desde 2010

Continua após a publicidade

Subsídios a programas federais podem criar ‘esqueleto’ no Tesouro

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano permitiu que o governo desconte da meta até 65,2 bilhões de reais referentes a desonerações tributárias e gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A partir do novo texto, permitirá o abatimento de outros artifícios. Oliveira tentou explicar que a decisão foi tomada agora porque não há mais previsão de renúncia fiscal para este ano. “Estamos fazendo neste momento porque não tem nenhuma renúncia por agora. O objetivo da regulamentação é não levantar discussão sobre o processo. É uma norma estritamente procedimental. Não tem outro objetivo”, afirmou Oliveira.

O secretário explicou que a medida visa dar transparência ao cálculo da renúncia fiscal. Caberá à Receita Federal elaborar bimestralmente um relatório com o impacto de novas desonerações adotadas no período e apontar eventuais fontes de receita para compensação. Oliveira disse que outros órgãos do governo poderão fazer o cálculo, mas terão de passar pelo crivo da Receita Federal.

Leia também:

Após contingenciamento pífio, secretária do Orçamento sai

Dilma fala em robustez fiscal – mas, na verdade, tortura números

“É como já é hoje. A Receita tem de avaliar e ver se é isso mesmo”, explicou. Segundo ele, no relatório, o Fisco terá de apresentar a metodologia utilizada para o cálculo e encaminhar o relatório à secretaria-executiva do ministério da Fazenda. A secretaria-executiva poderá fazer consultas aos demais órgãos, como a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), e depois encaminhará o estudo ao gabinete do ministro Guido Mantega.

A meta cheia do primário de 2013 para o setor público consolidado – governo central, Estados, municípios e estatais – é de 155,9 bilhões de reais, o correspondente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas foi ajustada para 2,3% levando em conta o abatimento. Economistas do setor privado projetam um superávit muito abaixo das expectativas do governo, em 1,6% do PIB.

Continua após a publicidade

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.