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Governo aprova proposta para acordo de livre-comércio com a União Europeia

Texto deve ser apresentado aos demais países do Mercosul e proposta poderá ser fechada em 30 dias; Venezuela fica de fora

Por Da Redação
3 out 2013, 23h15

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta quinta-feira, a proposta de acordo de livre-comércio com a União Europeia, informou o ministro da Agricultura, Antônio Andrade. Segundo ele, o texto aprovado pela Camex será apresentado aos demais membros do Mercosul antes de ser encaminhada aos europeus. O ministro, no entanto, não quis antecipar detalhes da proposta. Afirmou apenas que a oferta aprovada está “num nível aceitável pela União Europeia”.

Andrade explicou que pode haver mudanças de alguns produtos na lista, a pedido de setores. O ministro acredita que uma proposta com o Mercosul possa ser fechada em 30 dias, mas admite que a Argentina tem criado dificuldades. “Acredito que dentro em breve a Argentina deve mandar a sua lista e poderemos apresentar a proposta à União Europeia”, disse, após a reunião da Camex.

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A proposta brasileira deve oferecer a redução de tarifas de importação entre 85% e 90% do comércio com os europeus nos próximos 10 a 15 anos. “Acreditamos que vai aumentar nossas exportações para a União Europeia, mas não temos esse valor ainda”, disse Andrade. O governo espera obter uma liberação do mercado europeu para os produtos agrícolas brasileiros.

A União Europeia é o destino de 19,3% das exportações brasileiras. De janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras para a Europa somaram 34,2 bilhões de dólares. Por outro lado, o Brasil importou 38 bilhões de dólares dos países europeus, o que representa 21,2% do total das compras brasileiras no exterior em 2013.

Venezuela – A Venezuela ficará fora da oferta de abertura comercial. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) informou que o país vizinho não estará nas discussões porque ainda cumpre etapas de adesão ao Mercosul, bloco que reúne também Argentina, Uruguai e Paraguai. O Mdic lembra que o compromisso assumido entre representantes dos dois blocos, em janeiro último, é o de apresentar as ofertas até o último trimestre deste ano.

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Algodão – A Camex também fixou um prazo até 30 de novembro para que o grupo técnico de retaliação avalie eventuais medidas a serem tomadas, no âmbito do contencioso do algodão com os Estados Unidos. Washington interrompeu o pagamento que vinha sendo feito ao Instituto Brasileiro do Algodão desde 2010, como parte do acordo temporário com o Brasil para a suspensão da retaliação autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

O ministro da Agricultura disse que o Itamaraty enviará uma carta ao governo dos Estados Unidos demonstrando a indignação do Brasil com a suspensão do pagamento da compensação aos produtores nacionais de algodão. Segundo ele, o governo brasileiro acompanhará se os recursos estarão incluídos na proposta de orçamento americano que será votada. “Vamos aguardar a aprovação do Orçamento. Se não constar o valor do pagamento, vamos retaliar”, disse. Os EUA devem repassar 147 milhões de dólares por ano aos produtores brasileiros de algodão para compensar o subsídio dado aos produtores norte-americanos.

(Com Estadão Conteúdo)

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