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Gol desmente que aumentou preços das passagens

Empresa havia sido acusada por sindicato de ter aumentado os preços das passagens em 300% após fim da Webjet

Por Da Redação
28 nov 2012, 12h07

O presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff, negou nesta quarta-feira a denúncia feita pelo sindicato dos trabalhadores do setor de que, no dia seguinte ao anúncio do fim da marca Webjet, os preços das passagens chegaram a subir até 300%. “A informação não procede”, garantiu o executivo após se reunir com representantes do governo. Ele salientou que a formação de preços no setor aéreo leva em conta duas variáveis: antecedência do voo e ocupação. “O modelo de reajuste leva em conta a data do voo, a previsibilidade”, disse.

Kakinoff diz que a comparação do sindicato foi feita entre um voo vazio e outro que estava em plena capacidade de lotação. Informou que, nas tarifas regulares, a diferença de preço não passou de R$ 20, variando numa faixa de R$ 280 a R$ 295, no caso de voos e horários comparáveis. Ele justificou que, com a proximidade da alta temporada e a maior taxa de ocupação das aeronaves, os preços tendem a aumentar. Pelo mesmo critério, nos períodos de baixa temporada, os valores das passagens tradicionalmente caem.

Segundo Kakinoff, a taxa de aproveitamento de ocupação da Gol será de 76% no final do ano. “Temos ainda 14 pontos porcentuais para serem ocupados, deixando uma margem de 10% de precaução”, considerou.

O presidente da Gol informou também que não tem até o momento uma data agendada com o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, para tratar das 850 demissões na Webjet, encontro que, segundo ele, “possivelmente” irá ser realizado. Na terça-feira (27), um grupo de oito funcionários da Webjet foi ao ministério pedir que o governo interceda na tentativa de reverter os desligamentos.

Kakinoff disse ainda que, na reunião desta quarta-feira com o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, o governo pediu o compromisso da eficiência da operação da Gol e para as passagens já vendidas pela Webjet, o que teria sido garantido pelo executivo.

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Concorrência – Bittencourt, afirmou nesta quarta-feira que a participação de mercado da Webjet, cuja atividades foram encerradas pela Gol na última sexta-feira passada, era pequena e que há uma forte concorrência entre outras companhias, citando Gol, TAM, Avianca e Azul. Ele salientou que os preços das passagens aéreas no Brasil são hoje 44% menores do que os praticados há dez anos. Ele disse que a oscilação de preços nesse mercado é natural, mas que o governo vai continuar observando. “O setor aéreo não tem preços monitorados; o mercado é aberto”, disse a jornalistas após reunir-se com o presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff, para que o executivo detalhasse e justificasse a decisão de acabar com a companhia Webjet e demitir 850 funcionários.

Segundo ele, não há risco de monopólio no setor, o que poderia levar a um aumento extremado das passagens aéreas. “Monopólio é quando há uma só empresa, mas temos cinco no País e há competição entre elas”, observou. Além disso, o ministro ressaltou a existência de novas entrantes nesse mercado, como a Trip e a Azul.

Bittencourt disse que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) monitorará o atendimento ao usuário e, segundo ele, há uma grande governança no setor. O ministro não vislumbra problemas de atendimento aos passageiros com a aproximação do final do ano, considerada alta temporada. “Teremos posição tranquila no fim do ano”, previu, acrescentando que as companhias aéreas já estão organizadas. “As pessoas podem viajar tranquilas”, garantiu. A avaliação do governo é de que a compra da Webjet pela Gol também não causará problemas ao consumidor.

(Estadão Conteúdo)

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