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Futuro da OGX foi escrito por Eike 5 anos atrás

Em prospecto para acionistas antes da abertura de capital, empresa antecipou todos os problemas que, hoje, fazem sua ação valer 50 centavos

Por Da Redação
5 jul 2013, 07h21

A petroleira OGX que estreou na bolsa de valores em junho de 2008 é uma empresa completamente diferente da que hoje está no centro de uma crise de confiança que arrasta junto o empresário Eike Batista. Por fatores conjunturais, geológicos e de gestão, a companhia petroleira um dia vista como a mais promissora do país (depois da Petrobras) se encontra mergulhada em dívidas, sem geração de caixa e completamente desacreditada por investidores.

A empresa foi criada num momento em que a economia brasileira crescia em ritmo acelerado, pouco antes da quebra do banco Lehman Brothers, que disparou a crise financeira internacional. À época, a descoberta da camada pré-sal causava eufóricos sobressaltos no mercado – movimento estimulado não só pela própria Petrobras, como pelo ex-presidente Lula, que creditava às novas reservas um enriquecimento sem precedentes para o Brasil.

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Cinco anos depois, o cenário mais pessimista que se podia traçar naquele período se concretizou. A crise financeira passou de sua fase mais aguda e deu origem a outros tipos de males econômicos, como o endividamento público de vários países desenvolvidos. A camada pré-sal ainda não gera ganhos – e a Petrobras, que outrora fora a empresa mais valiosa do país, hoje titubeia para mostrar ao mercado a solidez de suas operações.

No caso de Eike Batista, especialmente da empresa OGX, muitas das situações listadas no prospecto de abertura de capital da empresa, em 2008, como sendo “fatores de risco”, de fato, se tornaram realidade. Para se ter uma ideia, o próprio documento afirmava que as chances de o potencial da OGX se concretizar eram inferiores a 30%. Diz o documento: “nossos recursos potenciais riscados indicados neste prospecto consideram uma probabilidade média de sucesso de 27%. No entanto, a nossa equipe de exploração, enquanto atuava na Petrobras, obteve um índice médio de sucesso de 53% nos últimos 4 anos”, informa. Confira outros exemplos de riscos previstos por Eike que, de profecia, viraram fato.

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