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FT: Tombini minimiza fraqueza do real e impacto da crise cambial argentina

Para presidente do BC, ajustes cambiais são normais, ainda mais em um mundo em recuperação econômica

Por Da Redação
28 jan 2014, 11h58

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, vê poucos motivos para preocupação na recente desvalorização do real e no rápido enfraquecimento do peso argentino, de acordo com o entrevista publicada na segunda-feira pelo jornal britânico Financial Times. “Ajustes relativos de preços não devem ser confundidos com fragilidade”, disse Tombini, referindo-se à desvalorização de 13% do real no ano passado.

Para Tombini, o ajuste é parte da normalização das taxas de juros ao redor do mundo e reflete uma recuperação do crescimento econômico global. Com sinais de melhora nos Estados Unidos e também na Europa, Tombini diz que é normal que investidores optem por investir em economias menos arriscadas, como são vistas os emergentes.

O presidente do BC acredita que o movimento é positivo a longo prazo, mas diz que elevar as taxas de juros em mercados desenvolvidos seria como um “aspirador de pó” que suga o dinheiro dos emergentes e exige taxas de juros domésticas ainda mais altas. Em sua última reunião, o BC elevou para 10,50% a Selic e já sinalizou que o movimento de alta deve continuar.

“A resposta brasileira tem sido bastante clássica – aperto da política (monetária) e uso de reservas internacionais como proteção”, disse Tombini, acrescentando que não enfrenta pressão política para evitar elevação dos juros. “Nós certamente ajustaremos a política de novo se necessário.”

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Tombini também não demonstrou preocupação com o impacto no Brasil da rápida desvalorização do peso argentino nos últimos dias, citando a presença relativamente baixa do país vizinho nos mercados financeiros. “Se isso deixa a Argentina mais confortável com seu nível cambial mais competitivo, também deve estar menos pronta para usar barreiras não-tarifárias”, completou.

Na segunda-feira, o governo argentino divulgou detalhes sobre a liberalização de compra de dólares, que, apesar de limitada, é um avanço em um país afogado em problemas econômicos e forte intervenção estatal. Na última semana, o dólar chegou a valer 13 pesos, mas depois recuou para 11,70 pesos após o anúncio de que haveria uma flexibilização cambial. Contudo, o governo de Cristina Kirchner voltou atrás na decisão, anunciada na sexta-feira, de baixar de 35% para 20% o imposto sobre transações internacionais com cartão de crédito.

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(com agência Reuters)

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