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FMI reduz previsões para o crescimento mundial em 2011

A América Latina, porém, conseguiu se recuperar da crise antes do previsto

Por Da Redação
6 out 2010, 10h45

Recuperação depende em demasia dos governos dos países desenvolvidos e não permitiu reabsorver o grande déficit comercial dos EUA, diz o FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento mundial para 2011, de 4,3% a 4,2%, de acordo com o relatório semestral “Perspectivas econômicas mundiais”, divulgado nesta quarta-feira.

No prefácio do documento, o economista chefe da instituição, Olivier Blanchard, manifestou o temor de que recuperação pode não ser duradoura. O pior, segundo Blanchard, é que a recuperação depende em demasia dos governos dos países desenvolvidos e não permitiu reabsorver o grande déficit comercial dos Estados Unidos, nem os excedentes dos países asiáticos. “O resultado é uma recuperação que não é forte nem equilibrada, e que corre o risco de não ser duradoura”, afirma.

América Latina – A América Latina saiu mais rápido que o previsto da crise e crescerá 5,7% este ano, um aumento de 0,9% em relação às previsões anteriores. A previsão para 2011 permanece em 4% para a região.

EUA – O FMI reduziu consideravelmente a previsão de crescimento da economia dos Estados Unidos para 2010 e 2011 a 2,6% e 2,3%, respectivamente. Nas previsões anteriores, divulgadas em julho, a maior economia do mundo cresceria 3,3% em 2010 e 2,9% em 2011.

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“A perseverança de uma recuperação lenta, aliada a um crescimento muito mais frágil que o de recuperações precedentes, em consequência do vigor da recessão, é o cenário mais provável para a economia americana”, destaca o informe. “Os riscos de uma deterioração das perspectivas econômicas do país permanecem elevados”, completa o documento.

Zona do euro – As previsões de crescimento da economia dos 16 países que integram a zona do euro para 2010 e 2011 foram elevadas, embora o FMI tenha alertado que a expansão do bloco pode ocorrer de forma moderada e desigual. O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro crescerá 1,7% em 2010 e 1,5% em 2011, de acordo com o fundo. Suas últimas perspectivas, divulgadas em julho, haviam sido de 1% e 1,3%, respectivamente.

O informe destaca ainda os desempenhos díspares entre os países que compartilham a moeda única. A Alemanha, maior economia da região, reafirmará sua recuperação com um crescimento de 3,3% em 2010, antes de desacelerar para 2% em 2011, justamente em consequência do crescimento frágil de seus parceiros comerciais.

A França deve registrar um crescimento modesto de 1,6%, tanto em 2010 como em 2011, enquanto a atividade dos problemáticos PIGS – Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha – deve oscilar entre a contração e uma recuperação mínima. Ainda que os programas de ajuste aplicados pelos governos europeus estejam no caminho certo, com o reequilíbrio das contas públicas, é necessário reforçar os planos a médio prazo. Além disso, considera o FMI, é possível fazer mais em matéria de reformas nos sistemas públicos, como as aposentadorias e a saúde.

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