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‘Só não é pior do que a Venezuela’: FMI dobra previsão de queda no PIB para 3%

Na América Latina, Brasil só não fica atrás do país governado por Nicolás Maduro, cuja previsão é de queda no PIB de 10% neste ano

Por Da Redação
6 out 2015, 12h09

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou nesta terça-feira as perspectivas para o desempenho da economia brasileira tanto para este como para o próximo ano. Para 2015, a instituição dobrou a previsão de queda no Produto Interno Bruto (PIB), de 1,5% para 3%. Para 2016, a projeção foi reajustada de crescimento de 0,7% para recuo de 1%. As informações constam do relatório “Perspectiva Econômica Global” da instituição divulgado hoje.

“No Brasil, a confiança de empresários e consumidores continua retraindo em grande parte pela deterioração das condições políticas, o investimento está diminuindo rapidamente e a necessidade de aperto na política macroeconômica está colocando pressão negativa sobre a demanda doméstica”, diz o FMI.

Na América Latina, as previsões do Brasil só não são piores do que as da Venezuela, cujas estimativas para o PIB são de contração de 10% e 6%, em 2015 e 2016, respectivamente. Segundo as projeções, o país também deve apresentar um resultado pior do que o da América do Sul no período, que deve encolher 1,5% e 0,3%, no geral. Já a Argentina deve crescer 0,4% neste ano para depois encolher 0,7% em 2016.

As estimativas do fundo são iguais a da agência de classificação de risco Moody’s e maiores do que as feitas por agentes de mercado consultados pelo Banco Central. Segundo último boletim Focus, o PIB brasileiro deve encolher 2,85% neste ano e 1% no próximo.

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Para os mercados emergentes e economias em desenvolvimento como um todo, a expectativa do FMI é de crescimento de 4% em 2015, acelerando o ritmo de expansão para 4,5% no ano que vem. Os números para as economias emergentes foram ajustados ligeiramente para baixo na comparação com as projeções feitas em julho, de expansão de 4,2% e 4,7%, respectivamente.

Segundo o FMI, o crescimento dos países emergentes em 2016 reflete principalmente a recessão menos profunda ou a normalização parcial das condições em países com a situação econômica precária, como Brasil, Rússia e alguns países da América Latina e do Oriente Médio. Além disso, efeitos da recuperação mais forte da atividade em economias desenvolvidas e o afrouxamento das sanções ao Irã também devem influenciar nesse processo.

Inflação – A instituição vê a inflação brasileira desacelerando em 2016, mas ainda longe do centro da meta, de 4,5% pelo

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A previsão é que os preços devem subir 8,9% em 2015 e 6,3% em 2016. Na tentativa de conter a alta nos preços, o Banco Central já elevou a taxa básica de juros (a Selic) a 14,25% e deve manté-la nessa patamar até a inflação começar a convergir para dentro da meta até o fim do próximo ano.

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A projeção do FMI para a taxa de desemprego no Brasil é de 6,6% em 2015, subindo para 8,6% em 2016. O fundo estima ainda que o déficit em conta corrente do país ficará em 4% do PIB neste ano e em 3,8% em 2016.

Previsões do PIB pelo FMI
2015

(atual)

2015

(previsão de julho)

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2016

(atual)

2016

(previsão de julho)

Mundo 3,1 3,3 3,6 3,8
Economias avançadas 2,0 2,1 2,2 2,4
EUA 2,6 2,5 2,8 3,0
Zona do euro 1,5 1,5 1,6 1,7
Alemanha 1,5 1,6 1,6 1,7
França 1,2 1,2 1,5 1,5
Itália 0,8 0,7 1,3 1,2
Espanha 3,1 3,1 2,5 2,5
Reino Unido 2,5 2,4 2,2 2,2
Japão 0,6 0,8 1,0 1,2
Mercados emergentes 4,0 4,2 4,5 4,7
Brasil -3,0 -1,5 -1,0 0,7
Venezuela -10,0 -7,0 -6,0 -4,0
Rússia -3,8 -3,4 -0,6 0,2
Índia 7,3 7,5 7,5 7,5
China 6,8 6,8 6,3 6,3
México 2,3 2,4 2,8 3,0
África do Sul 1,4 2,0 1,3 2,1

(Com agências)

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