Fed: programa de estímulos pode terminar depois de outubro
BC americano ressalta melhora na atividade econômica dos Estados Unidos e fala, pela primeira vez, sobre as perspectivas de fim dos estímulos econômicos
O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, começou a detalhar nesta quarta-feira como pretende começar a retirar os estímulos monetários dados ao país depois da crise de 2008. O banco se mostrou ainda próximo de um acordo sobre uma estratégia de três frentes para administrar as taxas de juros no futuro, que vêm sendo mantidas próximas de zero justamente para acentuar o poder de fogo dos estímulos. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, na ata da última reunião do comitê de política monetária do Fed (Fomc, na sigla em inglês), que ocorreu entre 17 e 18 de junho.
Desde 2010, o banco central americano vem injetando até 85 bilhões de dólares mensais na economia, por meio da compra de títulos privados, sobretudo de bancos. A estratégia fez com que o Fed se tornasse praticamente um fundo de investimentos, detendo ativos de diversas empresas. Ao comprar os títulos, portanto, o BC americano encontrou uma forma de capitalizar os bancos para, indiretamente, estimular a concessão de crédito e o consumo.
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Diante da lenta recuperação da economia americana e do mercado de trabalho, o Fed passou, em 2013, a reduzir os estímulos mensais em 10 bilhões de dólares a cada reunião. Atualmente, as compras mensais estão em 35 bilhões de dólares. A ata informa ainda que, depois de uma intensa queda na atividade econômica no primeiro trimestre, a economia mostra sinais de recuperação, o que chancela o fim próximo dos estímulos.