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Fed muda premissa para definir juros e corta estímulos em US$ 10 bi

Autoridade monetária manteve afirmação de que a redução da compra de títulos não implicará automaticamente em alta de juros

Por Da Redação
19 mar 2014, 16h33

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) descartou nesta quarta-feira a taxa de desemprego como único termômetro para avaliar a força da economia e deixou claro que vai depender de série mais ampla de medidas para decidir quando elevar os juros. Além da taxa de desemprego, a inflação também é indicador primordial para avaliar o crescimento econômico.

A autoridade monetária dos EUA também disse que sua afirmação prévia de que manteria os juros próximos de zero até “bem depois” de a taxa de desemprego cair abaixo de 6,5% não indica qualquer mudança nas intenções do Fed. A autoridade havia sinalizado a manutenção dos juros em seu patamar mínimo depois da turbulência cambial causada pelo anúncio do fim dos estímulos. Ocorre que, com a diminuição da liquidez promovida pelo Fed, os investidores partiram para a compra de títulos do Tesouro americano, aguardando que os juros que garantem o rendimento dos títulos fossem subir. A probabilidade de alta dos juros nos EUA foi um dos principais fatores que motivaram a saída de investidores de mercados emergentes, como o Brasil.

“O comitê atualmente espera que, mesmo depois de o emprego e a inflação estarem perto de níveis consistentes com o mandato, as condições econômicas podem, por algum tempo, justificar a manutenção da taxa de juros abaixo dos níveis que o comitê vê como normais no longo prazo”, informou o Fed após reunião de dois dias, a primeira presidida por Janet Yellen, que assumiu o banco central dos EUA em 1º de fevereiro.

Leia também:

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O Fed também deu continuidade às reduções do imenso programa de compra de títulos, anunciando que vai reduzir as aquisições mensais de Treasuries e títulos lastreados em hipotecas para 55 bilhões de dólares, ante 65 bilhões de dólares.

O presidente do Fed de Minneapolis, Narayana Kocherlakota, foi dissidente, afirmando que desistir da referência da taxa de desemprego pode afetar a credibilidade do compromisso do Fed em retornar à inflação de 2%.

A decisão de continuar a reduzir o estímulo mantém o Fed no caminho da redução gradual apresentada pelo antecessor de Yellen, Ben Bernanke. O Fed repetiu que planeja continuar reduzindo as compras de ativos em “passos graduais” desde que as condições do mercado de trabalho continuem melhorando e a inflação mostre sinais de voltar para a meta de 2% do Fed.

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(Com Reuters)

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