O Federal Reserve (Fed) decidiu nesta terça-feira manter a taxa básica de juros dos Estados Unidos entre 0% e 0,25% e reconheceu sinais recentes de força na economia do país. Como em janeiro, o banco central descreveu a economia americana como “em expansão moderada” e não deu pistas de possíveis estímulos por parte da instituição. Para o Fed, o crescimento ainda enfrenta significativos riscos, embora as dificuldades no mercado financeiro tenham diminuído.

Os formuladores da política monetária dos EUA disseram que o mercado de trabalho melhorou, mas que o desemprego continua elevado. Na sexta-feira, o Departamento de Trabalho do país divulgou a criação 227 mil vagas em fevereiro e uma taxa de desemprego estabilizada em 8,3%.

Apesar da sólida geração de empregos pelo terceiro mês consecutivo e sinais de que o mercado de trabalho nos EUA está se fortalecendo, o ritmo de melhora continua lento para absorver os 23,5 milhões de norte-americanos que estão desempregados ou subempregados. Para o banco central dos EUA, o desemprego cairá nos próximos trimestres de maneira gradual.

Preocupações – No fim do mês passado, o presidente do Fed Ben Bernanke disse que o emprego nos EUA ainda preocupava. Ao comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, ele disse que a recuperação da economia precisava melhorar para diminuir rapidamente a inaceitável taxa de desemprego do país.

O ritmo de criação de empregos têm levado alguns economistas a refrear suas expectativas de mais afrouxamento da política monetária. A instituição dirigida por Bernanke evitou dar indícios de uma nova injeção de liquidez no sistema e se limitou a apontar que deve manter uma política monetária “altamente flexível”.

A expectativa de que as taxas devem continuar perto de zero por alguns anos foram reforçadas pelo banco. “O Comitê antecipa que as condições econômicas provavelmente exigirão excepcionais baixas taxas de juros pelo menos até o final de 2014”.

Inflação – Para o Fed, a recente alta nos custos de energia e gasolina, uma das principais preocupações dos cidadãos, só terá efeitos temporários sobre a inflação e deve puxar o índice para cima apenas no curto prazo.

(com Reuters e EFE)