Fazenda: Brasil está preparado para enfrentar turbulências externas
Em nota, ministério afirma que o país dispõe de instrumentos para atravessar o período de fortes altos e baixos dos mercados que virá após o Reino Unido decidir deixar a UE
O Brasil tem fundamentos econômicos sólidos e dispõe de instrumentos para lidar com turbulências na economia internacional, afirmou o Ministério da Fazenda na tarde desta sexta-feira. Em nota sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, a pasta destacou que o país tem expressivo volume de reservas internacionais e o ingresso de investimento direto estrangeiro tem sido suficiente para financiar o déficit nas contas externas. Esses dois fatores ajudam a conter pressões para a elevação da cotação do dólar, de acordo com o ministério.
O comunicado destacou que as condições de financiamento da dívida pública brasileira permanecem sólidas, apesar da volatilidade nos mercados financeiros. Isso porque o Tesouro Nacional tem amplo colchão de liquidez (reserva de recursos para pagar os vencimentos da dívida pública) e porque, diferentemente de muitos países, a dívida pública brasileira é composta majoritariamente de títulos públicos em reais, não em dólares ou em euros.
A Fazenda informou que recentemente o governo anunciou medidas para conter o crescimento dos gastos públicos no longo prazo. “A recente melhora nos indicadores de confiança e na percepção de risco do país reflete essas ações”, destacou a nota.
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O comunicado tem tom semelhante ao da nota emitida pelo Banco Central mais cedo. No texto, a autoridade monetária destacou que está monitorando continuamente as condições econômicas no Brasil e no exterior e que adotará as medidas adequadas para manter o funcionamento normal do câmbio e do mercado de ações.
O BC também destacou que o Brasil tem instrumentos para enfrentar momentos de turbulência internacional. “A economia brasileira tem fundamentos robustos para enfrentar movimentos decorrentes desse processo, especialmente, relevante montante de reservas internacionais, o regime de câmbio flutuante e um sistema financeiro sólido, com baixa exposição internacional”, ressaltou a nota.
(Com Agência Brasil)