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OGPPar, antiga OGX, tem prejuízo de R$ 17,4 bi em 2013

Trata-se do maior rombo registrado no país por uma companhia de capital aberto nos últimos 27 anos

Por Da Redação
2 abr 2014, 10h07

A OGPar, ex-OGX, petroleira que era controlada por Eike Batista, anunciou na terça-feira um prejuízo recorde de 17,4 bilhões de reais em 2013. Essa é a maior perda registrada no país por uma companhia de capital aberto nos últimos 27 anos, segundo levantamento recente da consultoria Economatica. Até então, o maior prejuízo estava com o Banco do Brasil que, em 1996, anunciou perdas de 7,5 bilhões de reais no ano. Em 2013, até a divulgação dos resultados da petroleira, o recorde era da Eletrobras, que teve prejuízo de 6,29 bilhões de reais.

No quarto trimestre do ano passado, a antiga OGX, em recuperação judicial, ficou no vermelho em 9,786 bilhões de reais. No acumulado de 2013, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou 141 milhões de reais e a receita líquida chegou a 870 milhões de reais.

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Segundo relatório, o resultado em 2013 foi “substancialmente afetado” por provisão para perda de parte dos investimentos feitos nas Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo no valor de 8,9 bilhões de reais.

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Também houve impacto negativo causado por despesa decorrente da rescisão dos contratos de afretamento de equipamentos requisitados a OSX no valor de 4,6 bilhões de reais, nos termos do Plano de Recuperação Judicial. A empresa cita ainda despesa de 1,8 bilhão de reais com poços secos e áreas subcomerciais devolvidas; despesas financeiras, sobretudo juros de financiamentos, no valor de 655 milhões de reais; e despesa de variação cambial, de 1 bilhão de reais.

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Produção – A petrolífera informou também que o campo de Tubarão Azul poderá cessar a produção ainda em 2014, segundo indicam os estudos existentes após testes que foram iniciados na região. “Durante o período de testes no Campo de Tubarão Azul no mês de fevereiro a produção somou 105,5 mil barris e, mesmo com o início dos testes e de acordo com os estudos existentes, o campo poderá cessar a produção ainda no ano de 2014”, disse a empresa no documento.

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O campo de Tubarão Azul é emblemático na derrocada do império de Eike Batista. A crise teve início justamente no dia 26 de junho de 2012, quando a OGX informou que a vazão do poço de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, seria bem menor do que havia sido prometido.

No ano passado, a produção do campo foi de 1,6 milhão de barris de petróleo, com média de 4,3 mil barris por dia (bpd), queda “relevante” em relação ao ano anterior, que apresentou média de 9,9 mil barris por dia. Segundo a empresa, a redução ocorreu por causa de problemas operacionais derivados das bombas centrífugas submersas, que ocorreram desde março de 2013 causando o fechamento dos poços por vários meses.

Recuperação judicial – A OGX entrou com pedido de recuperação judicial no fim de outubro do ano passado, em meio à crise de confiança que atingiu a companhia. No fim de 2013, a empresa fechou acordo com os grandes detentores dos títulos da sua dívida bilionária. O acerto previu a injeção de novos recursos por investidores internacionais e a conversão da dívida de 5,8 bilhões de dólares em participação acionária. Em meados de fevereiro ela entregou ao seu plano de recuperação judicial ao Tribunal de Justiça do Rio, sob as diretrizes do Plan Suport Agreement (PSA). O acordo prevê entre outras coisas a injeção de 215 milhões de dólares (514,6 milhões de reais) na companhia e a diluição dos atuais acionistas.Na semana passada o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pediu alterações nos planos de recuperação judicial das empresas ligadas à OGX.

(com Estadão Conteúdo)

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