EUA: Senado avança em acordo, mas Câmara segue dividida
País está a apenas dois dias do vencimento do prazo para republicanos e democratas chegarem a um plano sobre o aumento do teto da dívida
A menos de dois dias para acabar o prazo que o Congresso americano tem para chegar a um acordo sobre o teto da dívida do país, o descompasso entre os avanços na Câmara e no Senado fica mais evidente. Na segunda-feira, o líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, disse que ele e o líder republicano na Casa, Mitch McConnell, avançaram bastante em direção a um acordo para pôr fim à paralisação parcial do governo americano e elevação do limite de endividamento. Por outro lado, na Câmara a situação é mais conturbada. Seus membros republicanos mais conservadores, o Tea Party, já deixaram claro que não vão abrir mão de seu principal objetivo: implementar mudanças na reforma da saúde de Barack Obama, carro-chefe de sua campanha eleitoral e que estava programada para começar agora em outubro.
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Segundo informações do jornal The New York Times, senadores republicanos e democratas chegaram, na noite passada, a um plano para elevar o teto da dívida do país até 7 de fevereiro, além de aprovarem uma resolução para financiar o governo até 15 de janeiro. O acordo também envolve a criação de um comitê orçamentário bipartidário para concluir as discussões sobre uma política fiscal de longo prazo e o plano de gastos do governo até 13 de dezembro.
Sem acordo para a aprovação da lei orçamentária, o governo federal está desde 1º de outubro proibido de arcar com despesas que não sejam consideradas essenciais, o que significou desativar diversas agências públicas. Em 17 de outubro, persistindo o impasse, o governo atingirá também seu limite de financiamento e poderá se ver obrigado a dar calote em seus credores, com profundos reflexos sobre a economia mundial.
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Os líderes republicanos da Câmara dos Representantes devem falar à imprensa ainda nesta manhã.