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Empréstimo às elétricas pode superar R$ 10 bi, diz Aneel

Romeu Rufino afirmou que a estimativa de 8 bilhões de reais divulgada anteriormente será refinada a cada mês

Por Da Redação
9 abr 2014, 00h59

O valor total do empréstimo que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) levantará para ajudar as distribuidoras de energia não está fechado, mas pode superar os 10 bilhões de reais, sinalizou nesta terça-feira o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.

Rufino afirmou a jornalistas que a estimativa de 8 bilhões de reais divulgada anteriormente pelo governo federal, em meados de março, era a melhor que se tinha na época. No entanto, a previsão é refinada a cada mês.

Ao ser questionado nesta terça sobre qual seria uma estimativa atualizada do valor do empréstimo a ser levantado pela CCEE com os bancos, o diretor-geral da Aneel disse que não tinha valores, mas afirmou que algo em torno de 10 bilhões de reais ou um pouco mais reflete a estimativa inicial do governo federal, quando anunciou em março que buscaria cerca de 12 bilhões de reais para ajudar as distribuidoras de energia neste ano.

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“Aquela estimativa da época, já se falava em algo em torno de 12 bilhões (de reais), dos quais 1,2 bilhão já foi para cobrir a liquidação de janeiro. Portanto, falar em algo da ordem de 10 bilhões, 10 bilhões e pouco, reflete aquela melhor estimativa da época”, disse ele.

Segundo Rufino, as discussões agora envolvem a definição de um teto para o empréstimo a ser tomado pela CCEE, e não necessariamente um valor fechado exato.

O empréstimo será destinado a ajudar as distribuidoras de energia que estão tendo fortes gastos no curto prazo por estarem descontratadas em mais de 3,3 gigawatts (GW) médios.

A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) vem cobrindo extraordinariamente esses custos desde o ano passado, quando os gastos das distribuidoras no curto prazo dispararam diante da forte geração térmica para recuperar os reservatórios das hidrelétricas, que estão em níveis baixos históricos.

Além disso, a descontratação das distribuidoras subiu, entre outros fatores, pelo fato de nem todas as geradoras terem aceitado a renovação antecipada das concessões que venceriam entre 2015 e 2017 com distribuição da energia em cotas para o mercado.

Para que a CDE pudesse ter recursos para cobrir esses gastos extraordinários, o Tesouro aportou mais de 9 bilhões de reais na conta em 2013. Para 2014, o governo federal estimou em março que o rombo a ser coberto seria de cerca de 12 bilhões de reais. O Ministério da Fazenda então anunciou que o Tesouro Nacional faria um aporte de 4 bilhões de reais na CDE e autorizaria captação de 8 bilhões de reais adicionais no mercado financeiro pela CCEE para ajudar as distribuidoras.

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No entanto, ao aprovar redução na cota da CDE que terá de ser coberta pelos consumidores de energia neste ano, a Aneel informou na segunda-feira que parte do aporte do Tesouro anunciado em março foi considerada para cobrir as despesas ordinárias da CDE, ou seja, não estarão disponíveis para ajudar as distribuidoras.

Dos 4 bilhões de reais que o Tesouro anunciou aportar, 1,2 bilhão já foi destinado a cobrir gastos das distribuidoras referentes a janeiro. O restante (2,8 bilhões de reais) será destinado a despesas ordinárias da CDE, como o Programa Luz para Todos, tarifa social de baixa renda e Conta de Consumo de Combustível (CCC), entre outros.

Rufino acrescentou que não há sinalização de que haverá um novo aporte pelo Tesouro na CDE além dos 4 bilhões de reais conhecidos.

A necessidade real de recursos que as distribuidoras precisarão no ano para cobrir gastos no curto prazo depende de diversos fatores, incluindo em qual patamar ficará o preço de energia de curto prazo (PLD), quanto de geração termelétrica continuará a ser gerada e em quanto as concessionárias conseguirão reduzir a descontratação no longo prazo por meio do leilão de energia A-0 marcado para 30 de abril.

(Com Reuters)

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