Emirados Árabes rejeitam os caças Rafale
Segundo o príncipe da coroa de Abu Dhabi, condições oferecidas pela empresa são impraticáveis
A Dassault vem esperando alguns anos para conseguir vender seus caças Rafale para algum país além da própria França. Com as negociações congeladas no Brasil, a empresa apostou suas fichas nos Emirados Árabes – com quem vinha negociando desde 2008. Contudo, essa venda – que já era dada como certa pela companhia – também subiu no telhado. O príncipe da coroa de Abu Dhabi, o Sheikh Mohamed bin Zayed, que também é responsável pelas forças armadas do país, afirmou à agência Reuters que as conversas não avançaram, e que as condições oferecidas pela empresa são “impraticáveis”.
Bin Zayed reconheceu os esforços diplomáticos do presidente francês, Nicolas Sarkozy, em assegurar o acordo para a compra dos caças, mas criticou a posição irredutível da Dassault. “A intervenção pessoal do presidente no processo manteve a Dassault à frente de nossas considerações. Infelizmente, a Dassault parece não ter se dado conta de que todos os esforços diplomáticos e políticos do mundo não podem superar condições comerciais não competitivas e impraticáveis”, afirmou o príncipe.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, os Emirados têm pressionado a Dassault para que haja melhorias nos motores e radares da aeronave. Ainda de acordo com a agência, as forças armadas do país também querem mudar a estrutura do acordo de compra, que tem sido criticado por todos os competidores.
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