Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em dia de Copom, mercado está dividido

Crise abre espaço para uma queda nos juros; o mercado, no entanto, se divide na aposta de que o BC começará a baixar a Selic já nesta quarta-feira ou na próxima reunião, em outubro

Por Beatriz Ferrari
31 ago 2011, 07h04

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciará nesta quarta-feira, ao final de sua sexta reunião no ano, qual será a taxa básica de juros (Selic) que vigorará nos próximos 45 dias. Para os analistas ouvidos pelo site de VEJA, uma coisa é certa: o ciclo de alta da Selic já acabou. A deterioração das expectativas de crescimento nos países desenvolvidos nos últimos dias tornou mais clara a percepção de que será maior o impacto da desaceleração econômica global no Brasil. Logo, a inflação pode perder força conforme a crise internacional comece a “dar as caras” por aqui, abrindo espaço até para uma redução dos juros. Não está claro, no entanto, se o Comitê iniciará um ciclo de baixa já nesta quarta-feira ou deixará a queda para outubro, em sua próxima reunião. O mercado reflete isso e mostra-se dividido.

Parte dos economistas aposta na manutenção da Selic em 12,5% ao ano. A avaliação deles é que, embora o cenário externo tenha piorado, com chance de impactos mais expressivos na economia doméstica no médio prazo, a atividade ainda não esfriou o suficiente a ponto de justificar uma diminuição imediata dos juros. “Haverá espaço para cortar juros, mas não nesta quarta-feira. Ainda não estamos vendo efeito da política monetária. Os dados recentes de crédito, emprego e renda não mostram desaceleração e a inflação permanece alta”, alerta Cristiano Souza, economista-sênior do banco Santander.

Outra parcela do mercado prevê uma redução da Selic de 0,25 ponto porcentual, para 12,25% ao ano. Não que estes analistas acreditem que esta seja a escolha mais acertada. A previsão deles baseia-se tão somente nas recentes sinalizações do governo de que um ciclo de queda poderia ser antecipado. O anúncio do aumento da meta de superávit primário nesta segunda-feira é um dos sinais de que o Palácio do Planalto deseja dar início a uma redução dos juros o quanto antes – ainda que a palavra final caiba ao Banco Central que tem autonomia para decidir com base em critérios técnicos, e não em preferências políticas. “O governo tem demonstrado que quer reduzir os juros, mas ninguém sabe exatamente quando. Então, alguns analistas começaram a antecipar essa queda”, explica Maristella Ansanelli, economista do Banco Fibra.


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.