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Em ata, Copom eleva projeção de inflação para 2012

Comitê de Política Monetária acredita que somente em 2014 a inflação ficará em torno do centro da meta de 4,5% ao ano

Por Da Redação
6 dez 2012, 08h54

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a projeção de inflação para 2012 tanto pelo cenário de referência quanto de mercado, e ambos encontram-se acima do centro da meta, de 4,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2013, mostrou a ata do Copom divulgada nesta quinta-feira, a autoridade monetária manteve suas projeções para inflação nos dois cenários, mas também acima do centro da meta. Somente em 2014, o BC estima que a inflação ficará em torno do centro da meta em ambos cenários.

Em sua avaliação, ainda que tenha mantido as projeções para o IPCA acima da meta, o Comitê se mostrou otimista em relação ao controle inflacionário. “O Comitê entende, também, que riscos baixos para a inflação subjacente no curto prazo tendem a reduzir incertezas em relação ao comportamento futuro da inflação plena”, informou em ata. As projeções de inflação do BC – cujos números não são divulgados – levam em consideração uma taxa de câmbio de referência de 2,10 reais por dólar – o que mostra que, de fato, o governo trabalha com uma nova banda para a moeda estrangeira, que se distancia cada vez mais do patamar de 2 reais.

Juros – O documento informou ainda que os juros devem permanecer no atual patamar por um “período suficientemente prolongado” de tempo – ou seja, a 7,25% ao ano. De acordo com a ata, a manutenção dos juros é a “estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear”. É papel do BC usar o instrumento da taxa de juros para fazer com que a meta de inflação seja cumprida. “A estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta”, informou ainda a ata.

A decisão da semana passada encerrou o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em agosto de 2011 e que eliminou 5,25 pontos percentuais da Selic em dez cortes seguidos. O último movimento foi em outubro, quando a Selic foi reduzida em 0,25 ponto, para o atual patamar, em uma decisão dividida entre os membros do Copom.

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O objetivo foi estimular a cambaleante economia brasileira, afetada pela crise internacional. O BC ajusta agora o rumo de sua política monetária de olho na inflação que, apesar de recentemente mostrar sinais de arrefecimento, ainda deve ficar bem acima do centro da meta do governo neste e no próximo ano. Para boa parte do mercado, a Selic deverá ser mantida no patamar de 7,25% ao ano até o fim de 2013.

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Meta fiscal – No aspecto fiscal, o BC considerou que a realização de superávits primários “compatíveis com as hipóteses de trabalho contempladas nas projeções de inflação contribuem para arrefecer o descompasso entre as taxas de crescimento da demanda e da oferta”. O Comitê informou ainda que continua trabalhando com cenários em que a geração de superávit primário (a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida) se mantenha em 3,10% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, 2013 e 2014.

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Para este ano, o BC trabalha com o cumprimento da meta de 139,8 bilhões de reais com ajuste – desconto dos investimentos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) de até 40,6 bilhões de reais – e para 2013 com o cumprimento da meta cheia e sem ajuste, de 155,9 bilhões de reais.

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