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Criação de vagas formais fica 51,6% menor em 12 meses

De acordo com o Caged, foram criados 139.679 postos de trabalho com carteira assinada no mês passado ante 288.749 vagas um ano antes

Por Da Redação
21 jun 2012, 14h36

A criação de postos de trabalho com carteira assinada teve queda de 51,62% em maio na comparação com igual mês de 2011, quando considerada a série ajustada, que leva em conta as declarações fora do prazo de contratações e demissões pelas empresas. No mês passado, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram criadas 139.679 vagas formais ante 288.749 vagas um ano antes. Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira pelo MTE.

O dado mostra que a desaceleração da economia brasileira já se faz sentir na capacidade de as companhias criarem postos de trabalho com carteira assinada. A perda de ritmo é evidente. Contudo, o saldo líquido de vagas formais permanece positivo e não se vê ainda um movimento consistente de demissões no país. Este conjunto de fatores ajuda a entender porque a taxa de desemprego segue confortável, conforme revelado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã.

Acumulado – O saldo de postos de trabalho formal – o mais minguado do ano – colaborou para que o resultado acumulado nos primeiros cinco meses de 2012 fosse o mais baixo desde 2009, quando refletiam sobre o país os impactos da crise financeira internacional. Nos cinco primeiros meses daquele ano, o volume de empregos foi de 250.395. Neste ano, de janeiro a maio, o Brasil criou 877.909 vagas, o que implica uma redução de 21% na comparação com o mesmo período de 2011, quando foram gerados 1.112.625 postos com carteira assinada.

Desde o início do governo petista, em 2002, o resultado dos primeiros cinco meses deste ano só é maior, além de 2009, do que em três anos. Em 2006, o saldo acumulado foi de 845.668. Em 2005, de 842.561. E, em 2003, de 488.928.

Indústria e serviços – Os números mostraram também que a combinação de desaceleração da criação de postos de trabalho formal nos setores da indústria e dos serviços foi responsável pela diminuição da abertura de vagas em maio. A indústria registrou “modesta elevação” de 20.299 postos. Já os serviços criaram 44.587 vagas, muito abaixo do resultado visto em abril, de 82.875, sem ajuste.

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As principais quedas da indústria foram nos ramos de material de transporte (-3.300 postos), calçados (-2.248) e metalúrgica (-999). Contribuíram para o resultado positivo os setores de alimentos (17.856), químico (6.781), borracha, fumo e couros (1.975), têxtil (840) e minerais não metálicos (669).

Já o setor de serviços foi influenciado positivamente pelos segmentos de alojamento e alimentação (10.212), médicos e odontológicos (9.024), comércio e administração de imóveis (8.968), transportes e comunicações (8.539) e ensino (7.107). Apesar do desempenho fraco no mês passado, em todos os ramos de atividade houve crescimento do volume de empregados com carteira assinada.

No caso da construção civil, houve geração de 14.886 postos formais de trabalho, enquanto o comércio foi responsável pela criação de 9.749 vagas. A administração pública contribuiu com um saldo líquido de 2.660 contratados.

Foi mais fácil encontrar um emprego com carteira assinada em maio no interior do que nos grandes centros urbanos. Enquanto as áreas metropolitanas foram responsáveis pela criação de 23.049 vagas formais líquidas em maio, o interior dessas regiões gerou 93.453 postos.

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Desemprego – A taxa de desempregados no país caiu para 5,8% em maio, depois de registrar 6% em abril, conforme a mais recente Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada na manhã desta quinta-feira pelo IBGE. Trata-se da menor taxa para meses de maio desde 2002, quando iniciou a série histórica do órgão. Apesar da melhora no nível de desemprego, o rendimento médio da população ocupada mostrou leve queda de 0,1% no mês passado ante abril, para 1.725,60 reais. Na comparação com um ano antes, no entanto, subiu 4,9%.

Leia mais:

Taxa de desemprego no Brasil cai a 5,8% em maio

(com Agência Estado e Reuters)

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