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Eduardo Campos entoa coro de Marina e Aécio na crítica ao leilão de Libra

Para governador de Pernambuco e virtual candidato à Presidência, regras da licitação do pré-sal precisam ser aperfeiçoadas para atrair investidores

Por Da Redação
22 out 2013, 12h47

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), entoou o coro de críticas ao leilão do Campo de Libra, na área do pré-sal, ocorrido na segunda-feira. Em nota divulgada à imprensa nesta terça-feira, ele afirmou que as regras dos leilões de exploração do pré-sal precisam ser aperfeiçoadas para atrair mais grupos empresariais. “Sem disputa, as empresas vão sempre oferecer o preço mínimo, o que não é bom para o Brasil. O petróleo do pré-sal não pode ser vendido a preços aviltados pela falta de concorrência”, afirmou o governador, lembrando que o Campo de Libra foi leiloado pelo porcentual mínimo de retorno à União, que é 41,65% do petróleo produzido. O processo de licitação, em sua opinião, teve pouco debate junto à sociedade.

Campos ressalta que, apesar de ser importante a destinação dos recursos obtidos com o pré-sal para a saúde e educação, essas áreas precisam de investimentos imediatos e não apenas quando o governo começar a receber sua parte. “O governo diz que no longo prazo esse dinheiro vai ajudar muito na saúde e na educação. Mas a saúde e a educação precisam de medidas imediatas. Não podemos sacrificar os jovens de hoje, à espera de que o dinheiro do petróleo vá resolver a vida dos jovens do futuro”, frisou.

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Na tarde de segunda-feira, o consórcio formado pela Petrobras, as empresas chinesas CNOOC e CNPC, a francesa Total e a anglo-holandesa Shell venceu o leilão do campo de Libra, o primeiro do pré-sal a ser leiloado sob o regime de partilha. O consórcio foi o único a dar o lance. Não houve mais interessados.

A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, agora do mesmo partido de Campos, fez críticas ao certame horas depois, durante sua entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, apresentado pelo colunista do site de VEJA, Augusto Nunes. “Um leilão que só tem uma proposta, a gente fica na dúvida se de fato foi um leilão”, disse Marina, que declarou apoio ao governador pernambucano na corrida presidencial de 2014.

Marina também questionou o fato de o governo usar o bônus de 15 bilhões de reais do pré-sal para cumprir a meta de superávit. “Esse recurso vai para onde? Vai para educação? Acho que não. Vai para fechar o superávit primário, já que o governo está tendo problemas. Há muitas interrogações”, afirmou.

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Na segunda-feira, o senador Aécio Neves, também possível candidato à Presidência da República, questionou a demora em se fazer o leilão. Segundo ele, houve perda “irrecuperável” para a Petrobras pelo fato de o PT relutar em licitar o Campo de Libra sob o modelo de concessão, que prevê que as petroleiras sejam donas do petróleo produzido.

O modelo de partilha, que significa que boa parte do petróleo ficará com a União, é menos atrativo para as empresas privadas e também para a estatal, que tem acionistas aos quais deve prestar contas, além do governo. “Nos últimos seis anos, assistimos ao valor da empresa (Petrobras) despencar, a produção estagnar e o país gastar somas crescentes importando combustíveis, tudo por conta da resistência petista ao vitorioso modelo de concessões”, afirmou Aécio em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Ele destacou ainda a baixa confiança dos investidores diante de um governo “confuso e contraditório”. Contudo, apontou como boa notícia o reconhecimento, ainda que tardio, pelo governo, da necessidade dos investimentos privados para o desenvolvimento do país.

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