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“Economia verde não é panaceia”, diz Hollande

Presidente francês defendeu a criação de taxa sobre transações financeiras na UE, com parte dos recursos destinada a ações de desenvolvimento sustentável

Por Rafael Lemos e Marco Túlio Pires, do Rio de Janeiro
20 jun 2012, 20h21

Recém-eleito e com a crise do euro permanentemente pairando sobre suas decisões, o presidente da França, François Hollande, criticou na tarde desta quarta-feira a tentativa de reduzir-se a Rio+20 a um debate sobre economia. Depois do almoço com a presidente Dilma Rousseff, Hollande afirmou, em uma entrevista coletiva no Riocentro, ter ficado decepcionado com o documento final da conferência. No entanto, atribuiu à presidente brasileira a inclusão de itens importantes no texto, como a erradicação da pobreza.

“Alguns quiseram fazer dessa conferência um debate apenas sobre economia ou economia verde. A economia verde não pode ser colocada como uma grande panaceia, uma solução para tudo. Acredito que a economia verde é um caminho para atingirmos nossos objetivos. O desenvolvimento sustentável também é uma maneira de sairmos da crise, embora não nos proteja dela. Para isso, devemos combater o protecionismo”, afirmou.

Taxa – O socialista defendeu a criação de uma taxa sobre operações financeiras na União Europeia, com parte dos recursos destinada a ações de desenvolvimento sustentável. A taxação, que encontra resistências dentro do bloco, voltará a ser discutida no final de junho. Diante de um improvável entendimento devido à crise financeira, Hollande já anunciou que vai instituir a taxa em seu país, com o intuito de dar o exemplo aos vizinhos.

Hollande destacou cinco grandes avanços com o documento encaminhado à cúpula da Rio+20. O presidente francês falou da definição de uma “rota” para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, uma série de metas que os países assumiram estabelecer e seguir a partir de 2015. Outro ponto destacado foi o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

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A votação para definir como será essa atualização do programa deve ocorrer na próxima reunião geral da ONU, no fim do ano. Hollande também falou sobre o acordo acerca da preservação dos oceanos, a definição da economia verde e a ênfase sobre questões sociais, como a luta pela erradicação da pobreza.

Polarização – Hollande criticou o discurso de países como a China e o Brasil, que criticaram o aumento das diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, a brecha entre nações “do norte e do sul”. “Não devemos fomentar oposição entre norte e sul, ocidente ou oriente. O desenvolvimento sustentável é uma causa planetária, vital para todos. Não se trata de um lado contra o outro”, disse.

O presidente francês disse que os países precisam assumir que não há uma crise apenas econômica, mas ecológica. “Para sairmos dessa situação, precisamos de um número maior de prioridades que levem em consideração a causa ambiental”, disse. “O desenvolvimento sustentável não é um entrave, mas uma oportunidade. Não é uma ferramenta de protecionismo para favorecer países em relação a outros. É algo que temos que adotar em conjunto.”

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