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Economia fraca faz mercado prever inflação na meta

Inflação menor traz alívio para o Banco Central, mas é causada pela desaceleração da economia brasileira

Por Da Redação
17 jun 2012, 09h25

Os analistas do mercado financeiro já projetam inflação bem próxima do centro da meta de 4,5% em 2012, um cenário impensável alguns meses atrás. Por enquanto, o relatório Focus mostra que a média do mercado ainda projeta IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 5,03%, em comparação a 5,22% um mês atrás, e 5,31% em janeiro. “O lado bom disso é evidente: a inflação mais baixa traz alívio para o Banco Central”, afirmou o economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani. “O lado ruim é que a inflação menor se explica pela �senhora� desaceleração por que passa a economia brasileira.”

A notícia também é positiva, claro, para o bolso do brasileiro. O problema é o conjunto de razões que provocou a desaceleração dos preços. “O crescimento mais fraco no Brasil e no mundo reduz o risco de aceleração da inflação nos próximos trimestres”, afirmaram os analistas do Itaú em relatório divulgado na quinta-feira. Em outro relatório, os economistas do Bradesco observaram que “há sinais” de uma retomada mais fraca da economia neste segundo trimestre, após o crescimento já decepcionante de 0,2% nos três primeiros meses do ano.

Na sexta-feira, o BC divulgou um indicador que é visto como prévia do Produto Interno Bruto (PIB) — o chamado IBC-Br, que avançou apenas 0,22% em abril. Para Padovani, a debilidade da economia é fruto de quatro fatores: crise internacional, que reduz a expansão no mundo todo; custo da produção elevado no Brasil, que inibe os investimentos do setor privado; quebra de safra em algumas culturas agrícolas; e perda de ritmo nas concessões de crédito pelos bancos.

Para tentar estimular a atividade, o governo tem tomado várias medidas. Entre elas, a redução do IPI para a compra de veículos. Não à toa, o preço do carro zero quilômetro caiu 2,6% entre maio e junho, segundo o AutoInforme/Molicar. É o maior recuo desde o auge da crise global, em 2008. “O que me incomoda é o fato de que a inflação deveria ter caído ainda mais dada a intensidade da desaceleração da economia brasileira”, pondera Padovani. “Isso mostra como nossa inflação é estruturalmente alta.”

(Com Agência Estado)

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