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Duopólio da Airbus e da Boeing na aviação comercial chega ao fim

Empresas admitem que a concorrência está pronta para competir em 100 dos 150 tipos de aeronaves do segmento

Por Da Redação
20 jun 2011, 18h15

Apesar do número expressivo das vendas, foram os chineses que mais atraíram as atenções nesta segunda-feira, revelando o primeiro avião comercial da história do país

A Airbus e a Boeing declararam, no primeiro dia da feira de aviação Paris Air Show Le Bourget, que a quase dominância do mercado que as duas empresas têm para aeronaves comerciais acabou. De acordo com Jim Albaugh, líder da divisão de jatos civis da Boeing, a concorrência brasileira (exercida pela gigante Embraer), canadense e russa está pronta para entrar no mercado de aeronaves de 100 assentos nos próximos cinco anos. “Os dias de duopólio acabaram”, admitiu.

Tom Enders, presidente da Airbus, adicionou em seu discurso que os novos concorrentes, no entanto, não competirão em todas as categorias de produtos. “O duopólio acabou em 100 das 150 aeronaves do segmento”, afirmou. Enders completou que duvida que haverá espaço para seis competidores no segmento. “Mais cedo ou mais tarde, haverá consolidação”, disse.

Encomendas – A 49ª edição do salão Le Bourget começou nesta segunda-feira com o anúncio de mais de 200 aviões vendidos, confirmando o crescimento do setor em países como China e México. O fabricante europeu Airbus já havia recebido encomendas de 142 aeronaves, na maioria do tipo A320 Neo – uma nova versão com um motor que economiza até 15% de combustível. Ao todo, as encomendas da Airbus representam, de acordo com os preços de catálogo, mais de 15 bilhões de dólares.

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A americana Boeing também recebeu pedidos de compra de cerca de 40 aviões. Seu novo avião, o 747-8, concorrente do A380 da Airbus, foi apresentado na feira e já recebeu 17 encomendas, totalizando 5,4 bilhões de dólares.

A brasileira Embraer, terceira maior fabricante do mundo, anunciou 39 pedidos de aviões da família de E-Jets, por um preço de catálogo de 1,7 bilhão de dólares.

A canadense Bombardier registrou encomendas de dez aviões CS100 no valor de total de 616 milhões de dólares de uma companhia que pediu anonimato.

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Apesar do número expressivo das vendas, foram os chineses que mais atraíram as atenções nesta segunda-feira. Os visitantes se aglomeravam ao redor da maquete do primeiro avião comercial chinês da história: o C919 do fabricante Comac. A aeronave, cujo primeiro voo está previsto para 2014, deve entrar em serviço em 2016 e é a prova de que a China quer entrar no mercado da aviação comercial.

“A única estratégia possível é superar o desafio da globalização sendo o mais inovador, mais criativo e mais competitivo”, afirmou o presidente francês Nicolas Sarkozy, presente no evento.

(com agência France-Presse)

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