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Dólar sobe a R$ 1,828 após medidas do governo

Enquanto moedas emergentes subiam puxadas por commodities, real se desvalorizava em relação à moeda americana

Por Da Redação
13 mar 2012, 10h40

O mercado reagiu fortemente à ampliação do prazo, para cinco anos, nas operações de empréstimo externo tributadas em 6% pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O dólar comercial abriu em alta de 0,78%, a 1,819 real, que foi ampliada para 1,19% às 11h45 (horário de Brasília), quando a moeda passou a ser cotada a 1,828 real.

Ao contrário do que ocorria nesse horário com as demais moedas emergentes de destaque, que ganhavam valor ante o dólar, sustentadas pelo desempenho positivo das commodities, o real acompanhava o euro. Às 9h30, a moeda única perdia valor em relação ao dólar, valendo 1,3084 dólar ante 1,3155 dólar no final da tarde de ontem, em Nova York.

O desempenho do euro opõe-se ao ânimo mostrado pelos demais mercados, que comemoram os avanços para a liberação do segundo empréstimo à Grécia e o resultado positivo no indicador de expectativas alemão – subiu para 22,3 em março, acima da previsão de 10,0. O que está pesando na moeda são as preocupações com a Espanha e em relação ao resultado da reunião do Federal Reserve. Na segunda-feira, o Eurogrupo determinou à Espanha uma nova meta oficial de déficit orçamentário de 5,3% neste ano, abaixo da meta anterior do governo de 5,8%. Para 2013 a meta foi estabelecida em 3,0%, o nível máximo permitido pelo novo pacto fiscal europeu.

No que se refere à reunião de política monetária do Federal Reserve, cujo resultado sairá hoje às 15h15, a percepção do mercado é de que nada mudará. Nem no que se refere ao juro, que está em 0,25%, nem em relação às políticas de incentivo à economia. Os últimos indicadores norte-americanos têm alimentado expectativas de que a economia dos EUA está em processo de recuperação mais firme do que a europeia e isso tende a fortalecer o dólar em detrimento do euro.

Merecem registro também no mercado internacional de moedas, as movimentações feitas nesta terça-feira pelo Banco Central do Japão (BOJ). Além de manter as taxas de juros inalteradas, a autoridade monetária japonesa jogou mais liquidez no mercado. Entre as medidas, vai oferecer, pela primeira vez, empréstimos denominados em dólares norte-americanos no valor de 1 trilhão de ienes.

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Internamente, mesmo não vendo espaço para que a medida cambial de ontem continue tendo efeito direto sobre a taxa de câmbio, os operadores avaliam que as perspectivas nutridas por essas ações intervencionistas do governo têm importância fundamental na trajetória de alta do dólar que já dura sete pregões consecutivos. “A medida em si tem pode se esgotar, mas é cada vez maior a certeza de ações do governo vão continuar influenciando a tendência do dólar”, disse um especialista.

O diretor executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, por exemplo, diz em seu relatório que a razão mais efetiva do comportamento do preço da moeda americana no mercado brasileiro é, sem dúvida, muito mais a mudança de perspectiva do que a eficácia das medidas adotadas pelo governo sobre os objetivos focados. “As ações do governo são muito generalizadas e intempestivas sobre fluxos cambiais que contêm um considerável volume de recursos não especulativos, que acabam prejudicados em detrimento do objetivo das autoridades monetárias brasileiras de atingir a parcela dos recursos que transitam por estes canais com o objetivo de especulação.” Nesse sentido ele alerta para o fato de que “as medidas tendem, nesta fase, a conter muito mais os recursos essenciais para o País do que os possíveis volumes especulativos, pois as medidas parecem ter origem em observações sobre fatos consumados”.

(Com Agência Estado)

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