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Dólar fecha em R$ 1,97 e atinge o menor patamar em 9 meses

Depois de o presidente do BC, Alexandre Tombini, admitir preocupações com inflação, moeda norte-americana encerrou o pregão em queda de 0,82%

Por Da Redação
7 fev 2013, 18h50

O dólar encerrou na menor cotação ante o real em quase nove meses nesta quinta-feira, depois que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, explicitou preocupações com a inflação, levando o mercado a interpretar que o câmbio poderá ser uma ferramenta de combate à aceleração dos preços.

A moeda norte-americana fechou em queda de 0,82%, a 1,9720 real na venda, a menor cotação de fechamento desde 11 de maio de 2012, quando a divisa encerrou a 1,9560 real. O dólar bateu 1,9610 real na mínima, depois de atingir 1,9905 real na máxima do dia, logo no início da sessão. Segundo dados da BM&F, o volume negociado ficou em cerca de 4 bilhões de dólares. “Mudou o racional todo do dólar. O governo está sacrificando o câmbio em detrimento da inflação”, afirmou o especialista da Icap Corretora, Italo dos Santos.

Tombini disse em entrevista à jornalista Miriam Leilão que a situação atual não é confortável e que a inflação deverá ficar na casa de 6% em 12 meses durante o primeiro semestre – o que fez os contratos de juros futuros dispararem no final da manhã, levando a uma consequente venda de dólares no mercado doméstico.

A fala de Tombini ocorreu logo após à divulgação dos dados oficiais de inflação de janeiro, quando o IPCA subiu 0,86%, acumulando alta de 6,15% em 12 meses. Foi a maior alta mensal desde abril de 2005 e o maior acumulado em 12 meses desde janeiro de 2012.

O dólar rompeu no final de janeiro o piso de uma banda informal de 2,00 a 2,10 reais que vigorou durante boa parte de 2012, em decorrência das intervenções do próprio BC. O mercado interpretou esse movimento como um sinal de preocupação com a inflação. Desde então, a cotação ficou “engessada” em torno de 1,98 real.

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Uma fonte da diretoria do BC afirmou nesta quinta-feira que a autoridade monetária trabalha com um cenário cambial “menos volátil” do que em 2012, quando o dólar acumulou valorização de cerca de 20% entre o fim de fevereiro passado e dezembro, exercendo forte influência sobre os preços.

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No entanto, agentes do mercado ponderam que talvez apenas medidas macroprudenciais, como desonerações e uma taxa de câmbio mais estável, já não sejam mais suficientes para conter a inflação sem uma mudança da atual política monetária, que indica manutenção da Selic na mínima histórica de 7,25% ao longo do ano. “O BC pode usar o câmbio para não subir os juros num primeiro momento. Mas uma hora vai ser necessário elevá-los, talvez no terceiro trimestre”, avaliou Santos, da Icap.

Segundo o especialista, o mercado deverá voltar a testar patamares de mínima da taxa de câmbio após o feriado de Carnaval, provavelmente buscando 1,95 real e sinalizações de como o BC encaminhará a política monetária daqui para frente.

(com Reuters)

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