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Diretor da Petrobras não descarta novos reajustes para reduzir endividamento

Em teleconferência a analistas, diretor ressalta redução no indicador de endividamento da empresa, apesar do aumento da dívida total, que chegou a 400 bilhões de reais.

Por Da Redação
18 Maio 2015, 15h43

A Petrobras não descarta novos reajustes nos preços dos combustíveis para reduzir seu endividamento. Segundo o balanço da empresa publicado na sexta-feira, a dívida total somou 400 bilhões de reais no final do primeiro trimestre. Segundo o diretor financeiro da empresa, Ivan Monteiro, a empresa tem “liberdade” para praticar preços de combustíveis competitivos e de mercado, e esta será uma das ferramentas da empresa para reduzir seus níveis de endividamento, disse, nesta segunda-feira, em teleconferência para comentar os resultados do primeiro trimestre. “A gente tem sempre falado, queria reiterar novamente, que a companhia tem a liberdade e vai atuar praticando preços competitivos e de mercado”, afirmou Monteiro.

No passado recente, a Petrobras registrou prejuízos na divisão de Abastecimento por vender combustíveis no Brasil por anos a preços mais baixos do que no exterior, enquanto teve que importar volumes expressivos para complementar sua produção. No primeiro trimestre, isso mudou com o reajuste de preço de diesel e gasolina no Brasil no fim do ano passado e com a queda dos preços do petróleo. “Não pode ser outra postura da Diretoria Executiva da Petrobras e não pode ser outra postura que o Conselho de Administração pode esperar da Diretoria Executiva da Petrobras”, completou Monteiro, sobre a prática de preços de mercado.

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A petroleira voltou a ter lucro no primeiro trimestre após dois períodos consecutivos de perdas, com uma forte melhora do resultado operacional. O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), por exemplo, cresceu 50% ante um ano antes, para 21,51 bilhões de reais, favorecendo uma redução do indicador de alavancagem (que é a relação entre a dívida líquida e o lucro antes de impostos) para 3,86 vezes, ante 4,77 no quatro trimestre.

Monteiro disse ainda que a desalavancagem da companhia deverá se dar por uma série de medidas, além dos preços de mercado dos combustíveis, que estarão presentes no novo plano de negócios, a ser divulgado até meados do próximo mês.

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Produção – Durante a teleconferência, a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, frisou que a empresa mantém meta de crescimento da produção de petróleo em 2015 em 4,5%, ante 2014, para 2,12 milhões de barris, podendo variar um ponto porcentual para cima ou para baixo.

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De acordo com ela, esse volume inclui a previsão de impacto de paradas programadas de plataformas de 50 mil barris por dia e também o declínio médio de 10% em áreas maduras.

Um analista afirmou acreditar que o declínio médio da companhia está maior, em torno de 14%, e perguntou à diretora se esse seria o motivo de a produção total não estar crescendo tanto quanto se havia previsto no passado.

A diretora negou: “Para esses sistemas que não são do pré-sal, o nosso declínio, em média, sim, é da ordem de 10 por cento. Estamos planejando isso, e isso está embutido nas nossas previsões para o ano de 2015”, afirmou a executiva.

Considerando a extração de óleo e gás, dentro e fora do Brasil, a Petrobras projeta meta de produção média de 2,796 milhões de barris dia (boe/d) em 2015, ante 2,803 milhões de boe/d no primeiro trimestre de 2015, segundo apresentação da companhia sobre os resultados.

A produção do primeiro trimestre teve crescimento de 10,7% ante o mesmo período do ano passado, com o pré-sal sustentando o avanço.

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(Com Reuters)

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