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Executivo da Moody’s diz que nota de crédito do Brasil não muda neste ano

Segundo Mauro Leos, um dos principais motivos para o rebaixamento do rating foi a expectativa de fraco crescimento da economia brasileira neste e no próximo ano

Por Da Redação
12 ago 2015, 11h27

A Moody�’s só espera uma estabilização na relação dívida bruta e PIB do país no fim do mandato da presidente Dilma Rousseff. Mesmo assim, isso não significa que o país perderá o grau de investimento. “A menos que algo muito inesperado aconteça, o rating não deve ser alterado neste ano”, disse Mauro Leos, vice-presidente da Moody�s.

Segundo Leos, um dos principais motivos para o rebaixamento é a deterioração do perfil de risco do Brasil. “O crescimento está mais fraco do que antecipávamos e continuará fraco durante o resto do governo”. Leos cita ainda os resultados fiscais mais baixos do que o previsto.

Outro fator, segundo o vice-presidente da Moody’s, que levou ao rebaixamento é o fraco consenso sobre as reformas políticas. “Tudo isso resulta em um perfil de crédito pior do que antes. O perfil é mais fraco, não só em bases absolutas, mas também em bases relativas. Quando comparamos com outros países com rating na faixa Baa, o Brasil tem indicadores fiscais mais fracos”.

Segundo ele, para a relação entre dívida bruta e PIB chegar a níveis aceitáveis, o Brasil precisa de um crescimento e de um superávit primário de 2%. “Isso não vai acontecer este ano e não vai acontecer no próximo ano. Só no médio prazo, 2017, 2018, deve chegar nisso. Isso significa que a dívida vai continuar subindo, para perto de 70% em 2018. Esse nível está entre os mais altos dos países com rating Baa”.

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Leos ainda explicou que a Moody’s manteve a perspectiva estável do país porque há um equilíbrio entre os fatores positivos e negativos. “O Brasil é resistente a choques externos. Quando olhamos para a categoria Baa, vários países têm problemas no balanço de pagamentos e choques externos podem ter impacto significativo na economia. O Brasil é o oposto, é muito forte em termos de contas externas. A maior parte do déficit é financiada por investimento estrangeiro direto. Há um nível elevado de reservas internacionais.”

Ele lembra que, para cada dólar que precisa pagar de dívida externa, o Brasil tem quatro dólares em reservas, uma das maiores relações em economias emergentes. E que o governo tem uma exposição relativamente baixa à dívida externa. Assim, diz, esses elementos compensam os fatores negativos.

Crise política – O vice-presidente da agência também afirmou que fatores políticos sempre entram na conta dos ratings. A tensão entre o Congresso e o governo está tornando a vida difícil, diz ele. “Nós vemos isso todo dia. Isso é capturado nos números fiscais, porque o ministro Joaquim Levy não tem conseguido aprovar tudo o que queria e também afeta os números de investimentos”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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