Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dilma vai vetar flexibilização do fator previdenciário

Prazo máximo para sanção da MP que prevê mudança no fator se esgota nesta quarta

Por Da Redação
17 jun 2015, 00h06

A presidente Dilma Rousseff deve vetar a flexibilização do fator previdenciário e apresentar uma alternativa à fórmula aprovada pelo Congresso Nacional. Para aliviar as tensões com as centrais sindicais e membros da base aliada favoráveis à mudança, a presidente vai propor na quarta-feira uma alternativa que leve em consideração o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. O governo ainda não decidiu se a proposta será encaminhada ao Congresso como medida provisória ou projeto de lei com urgência.

LEIA TAMBÉM:

Previdência: com ou sem o fator, a conta não fecha

A presidente tem até a quarta-feira para vetar ou sancionar a fórmula 85/95, incluída por parlamentares na Medida Provisória 664, que altera regras de acesso aos benefícios previdenciários. A fórmula permite que o trabalhador possa se aposentar com aposentadoria integral após 30 anos de serviço, no caso de mulheres, e de 35 anos, no caso de homens, desde que a soma do tempo de serviço com a idade seja igual ou superior a 85 e 95 anos, respectivamente.

O Ministério da Previdência calcula que a mudança gere, durante os próximos 45 anos, um gasto extra de 3,2 trilhões de reais, ou o equivalente a mais da metade do Produto Interno Bruto brasileiro.

Nova fórmula – Em um jantar no Palácio do Alvorada na noite desta terça, líderes da base do governo fizeram um último apelo para que a presidente desista do veto. A petista, porém, sinalizou que vai enviar ao Congresso uma nova fórmula prevendo a instituição do mecanismo 85/95 progressivo, que mudará a cada dois anos até atingir a proporção de 90/100. A presidente também avalia estabelecer uma idade mínima “flexível” de aposentadoria que começaria com 55 anos para as mulheres e 60 anos para os homens. As duas decisões encontram resistência na equipe econômica, que teme o impacto fiscal da nova proposta.

Continua após a publicidade

Ao sair do jantar, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE) disse que a presidente estava aberta à negociação. O peemedebista afirmou ainda que se colocou à disposição de Dilma para ajudar a aprovar uma nova proposta no Congresso. “Se houver a necessidade do veto, será um veto negociado para que, simultaneamente, seja aprovado uma medida provisória ou um projeto com regime de urgência. Nós preferimos que não aconteça o veto e que a gente faça o compromisso de fazer essa chamada escadinha em relação à expectativa de vida”, disse.

Oliveira disse também que alertou a presidente sobre desgaste que ela vai sofrer se decidir vetar a flexibilização do fator tanto diante da opinião pública quanto da sua base aliada. “Eu defendi que o veto é antipático para o Congresso e para as ruas”, afirmou.

Apesar dos apelos, o governo alega que, se não fizer isso agora, depois não conseguirá mais endurecer as regras, pois enfrentará resistência no Congresso.

Enquanto o jantar acontecia, sindicalistas protestavam em frente ao Palácio do Planalto. Os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical estiveram ontem com ministros na tentativa de convencer o governo a aprovar a matéria sem vetos. Sem obter a resposta que desejavam, fazem vigília em frente ao Palácio do Planalto, que deve durar toda a madrugada.

LEIA TAMBÉM:

Nova regra de aposentadoria torna Previdência inviável, diz ministro

Mudança no fator pode custar até 1,1% do PIB à Previdência

Levy sinaliza aumento de impostos caso Senado aprove mudança no fator previdenciário

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que rechaça o veto, mas que o Congresso poderá analisá-lo no dia 14 de julho.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.