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Dilma e Hollande assinam acordos, mas silenciam sobre caças

Presidente francês faz visita ao Brasil. Países firmaram acordos nas áreas de tecnologia, defesa e educação

Por Gabriel Castro, de Brasília
12 dez 2013, 13h39

O presidente da França, François Hollande, e a presidente Dilma Rousseff assinaram nesta quinta-feira diversos acordos bilaterais nas áreas de tecnologia, educação e defesa. Em seus pronunciamentos após um encontro que durou cerca de uma hora, no Palácio do Planalto, os dois chefes de governo não mencionaram a substituição dos Mirage 2000, os principais caças utilizados pela Força Aérea Brasileira. A francesa Dassault é uma das concorrentes no processo de escolha das novas aeronaves.

Na área de defesa, os presidentes confirmaram um acordo para a construção, no Brasil, de quatro submarinos convencionais e um submarino nuclear. Também haverá parcerias para a construção de helicópteros e a manutenção de um satélite geoestacionário utilizado pelo Brasil para fins civis e militares.

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Os dois presidentes formalizaram ainda a criação de um fórum econômico para incrementar as trocas comerciais entre os dois países. Em 2012, o comércio bilateral entre Brasil e França movimentou 10 bilhões de dólares. O saldo, para o Brasil, foi negativo em 1,8 bilhão. “Apesar da crise que atingiu Europa e também o Brasil, nossas trocas comerciais nunca deixaram de aumentar”, disse Hollande.

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Além de ter uma empresa (a Total) integrante do consórcio que vai explorar o campo petrolífero de Libra – o primeiro da camada pré-sal -, a França exerce um papel importante na construção da usina nuclear de Angra 3: a empresa Areva participa do projeto em parceria com a Eletrobras. Ao todo, cerca de 600 companhias francesas atuam no Brasil.

Educação – Os governos assinaram um acordo para ampliar a oferta de vagas de mestrado, na França, para participantes do programa. A França é o terceiro país mais procurado pelos estudantes participantes do Ciência Sem Fronteiras: ao todo, 4.800 bolsistas optaram pelo país.

Outro acordo firmado entre os dois países assegura a estudantes brasileiros em férias na França mais facilidade para trabalhar no país, por um período de até um ano.

Em seu pronunciamento após a assinatura dos acordos, a presidente Dilma Rousseff também agradeceu Hollande pela postura da França diante dos casos de espionagem protagonizados pelo governo americano: “Quero agradecer de público ao presidente Hollande pelo apoio da França à bem-sucedida iniciativa brasileira e alemã nas Nações Unidas em defesa da privacidade digital”, afirmou Dilma.

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A visita de Hollande é uma retribuição à ida de Dilma à França em dezembro do ano passado. Na comitiva do presidente vieram oito ministros e cinquenta empresários franceses – entre eles, Éric Trappier, presidente do grupo Dassault.

Ainda nesta quinta-feira, o presidente francês se encontra com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Nesta sexta, ele também tem uma reunião agendada com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Copa – Dilma Rousseff provocou Hollande ao parabenizar os franceses pela classificação para a Copa do Mundo: “Tenho certeza de que o Brasil sairá vencedor, mas considero importante que a França tenha uma colocação muito expressiva”, disse ela.

Hollande também brincou sobre o assunto: afirmou que o resultado da Copa do Mundo não esteve entre os acordos com o governo brasileiro: “Não me comprometi com a vitória do Brasil. Não assumi compromisso nenhum”.

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