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Dilma compara injeção de liquidez à barreira tarifária

Na Alemanha, presidente reclama que o despejo de US$ 8,8 trilhões na economia global desvaloriza 'artificialmente' moedas de países desenvolvidos

Por Da Redação
5 mar 2012, 10h08

A presidente Dilma Rousseff disparou na manhã desta segunda-feira novas críticas à política monetária dos países desenvolvidos, que, segundo números do Banco de Compensações Internacionais (BIS), já despejaram 8,8 trilhões de dólares em liquidez na economia mundial desde o início da crise. De acordo com ela, as medidas causam “desvalorização artificial” das moedas e “equivalem a barreiras tarifárias”, além de gerar bolhas e especulação. O assunto será tratado nesta segunda com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Dilma mostrou-se contrariada com os novos números divulgados pelo BIS e disse que não apenas o Brasil, mas todos os países emergentes, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o próprio BIS estão preocupados com a enxurrada de dinheiro novo no sistema financeiro. “O efeito é internacional, não nacional. Como o mundo é globalizado, quando há um nível de expansão desses, são produzidos dois efeitos: um é a desvalorização artificial da moeda. (…) O outro problema sério é que cria uma massa monetária que não vai para a economia real. O que se produz? Bolha, especulação”, protestou.

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A “desvalorização artificial” da moeda, segundo a presidente, não tem como efeito um ganho de competitividade das economias domésticas. “O que se está fazendo equivale a uma barreira tarifária. Todo mundo se queixa de barreira tarifária, de protecionismo”, acusou.

O tom das reclamações do Brasil cresceu desde a última semana, quando o Banco Central Europeu (BCE) ofereceu mais 530 bilhões de euros em linhas de empréstimo subvencionadas, com juros de 1% e prazo de três anos para pagar. Nos últimos três meses, o total injetado no sistema financeiro da zona do euro pela autoridade monetária chega a 1 trilhão de euros.

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Questionada pela reportagem se, ao reclamar para a chanceler alemã, Angela Merkel, o governo brasileiro não estaria pedindo uma intervenção na autonomia do BCE, Dilma respondeu: “Não. Sabe por quê? Porque estão interferindo na nossa”. “O que o Brasil quer com isso é mostrar que está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado, que é o câmbio. Não é tarifa; é o câmbio, que virou uma forma artificial de proteção”, reiterou.

A presidente também ressaltou que o governo vai tomar medidas e citou o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como parte da estratégia, mas negou que defenda a quarentena de capital externo. “Somos uma economia soberana. Tomaremos todas as medidas para nos proteger. Vamos ver quais medidas nós iremos adotar, como essa que tomamos recentemente sobre o IOF”.

(Com Agência Estado)

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