Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dilma anuncia nesta quarta-feira pacote de bondades à indústria

Medidas serão divulgadas em encontro do Fórum Nacional da Indústria, em Brasília. Perda do otimismo do setor produtivo é vista pela equipe de Dilma como um dos maiores entraves à reeleição

Por Da Redação
18 jun 2014, 07h44

A presidente Dilma Rousseff reúne-se nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, com empresários de diversos setores para anunciar medidas de apoio à indústria e tentar aproximação política com aquele que é o segmento mais crítico à política econômica de seu governo – e que se mostra, cada vez mais, atraído pelos candidatos de oposição Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Na reunião do Fórum Nacional da Indústria, transferida da sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Palácio do Planalto a pedido de Dilma, a presidente deve atender parte das reivindicações feitas pelo setor produtivo no fim de maio. E também sinalizar com medidas futuras, sugerindo um eventual apoio à sua reeleição. É o terceiro encontro com empresários em um mês.

Dilma deve anunciar alterações no chamado Refis, reduzindo o “pedágio” exigido para a adesão ao programa de refinanciamento de dívidas fiscais, além de comunicar a retomada do programa de devolução de parte dos impostos pagos por exportadores (Reintegra).

A presidente também deve anunciar a extensão, até o fim de 2015, do Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), criado em 2009 para conter a crise financeira global, que já desembolsou 283 bilhões de reais até abril deste ano com juros subsidiados pelo Tesouro. Além de criar uma linha de financiamento à renovação do parque fabril.

Continua após a publicidade

Parte dessas medidas entraria em vigor somente em 2015, o que selaria um pacto do governo com empresários satisfeitos. Há três semanas, Dilma anunciou a manutenção da desoneração da folha de pagamentos para 56 setores, o que deve custar 21,6 bilhões de reais neste ano.

A equipe do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda trabalhava na tarde de terça-feira, nos últimos detalhes das medidas. “Vão ser anunciadas amanhã. Não posso adiantar nada. Ainda estamos elaborando as medidas”, disse o ministro ao chegar ao Ministério da Fazenda, em Brasília.

Leia também:

Dilma e Mantega afagam empresariado para garantir apoio

Dilma confirma desoneração permanente da folha de 56 setores

Mantega anuncia pacote de incentivo ao mercado de capitais

Continua após a publicidade

No radar está ainda o adiamento, e até a alteração, da chamada Norma Reguladora 12, que elevou de 40 para 340 os itens obrigatórios de segurança para fabricantes e usuários de maquinários novos e usados. Seu impacto foi estimado em 100 bilhões de reais pela CNI nos segmentos metalmecânico, plástico, construção civil e alimentício.

O governo prepara, segundo uma fonte envolvida nas discussões, uma melhoria nas condições para a adesão ao Refis. Os empresários querem reduzir a 5% do valor da dívida a entrada única exigida para entrar no programa. Dilma estava disposta a atender ao pedido. O governo, entretanto, pode não ceder completamente na redução das alíquotas de 10% até 1 milhão de reais e 20% acima de 1 milhão de reais, pois esses índices já foram aprovados no Congresso. No fim de maio, Mantega informou que a Receita Federal avaliaria o pedido.

Em 2013, o governo arrecadou 21,8 bilhões de reais com a reabertura do Refis da Crise e a renegociação de dívidas fiscais de bancos e multinacionais brasileiras no exterior. Neste ano, outros 12,5 bilhões de reais do Refis devem engordar os cofres públicos.

Continua após a publicidade

Leia mais:

Balanço do governo Dilma: 23 pacotes econômicos e um pibinho

No Reintegra, o governo deve colocar como opção a ser acionada “quando houver necessidade e espaço fiscal”, segundo a fonte. Nas condições anteriores, o programa devolvia às empresas exportadoras 3% do faturamento com a exportação de manufaturados. Em 2013, custou 3 bilhões de reais.

Continua após a publicidade

Agronegócio – Setor mais refratário a Dilma, e próximo da oposição, o setor sucroalcooleiro pode ter três medidas. A primeira é o aumento, de 25% para 26%, na mistura de etanol na gasolina, o que depende da aprovação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), marcada para a próxima terça-feira. Ainda não há consenso no governo sobre a mudança. O setor quer 27,5%. O governo tende a manter em andamento o estudo técnico que Petrobras, Inmetro e a indústria automotiva farão para definir esse índice.

Outra medida deve ser a inclusão dos produtores de açúcar no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), orçado em 25 bilhões de reais. Até agora, está disponível apenas a produtores de grãos, como milho e soja, que podem obter até 10 milhões de reais a juros de 4,5% ao ano. O governo estuda também um reforço no programa Inovar-Auto para incentivar a indústria automotiva a melhorar o desempenho do etanol nos motores.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.