Dilma antecipa reunião sobre medidas no setor elétrico
Dilma Rousseff e o ministro Eduardo Braga também discutem a explosão de uma plataforma da Petrobras, nesta quarta-feira, no Espírito Santo
A presidente Dilma Rousseff está reunida na tarde de quarta-feira com autoridades do setor elétrico para tratar de medidas que serão adotadas para garantir o abastecimento de energia no país neste ano – entre elas a possível prorrogação do horário de verão. A reunião estava prevista para amanhã, conforme havia afirmado o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Além de Braga, participam o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga; o secretário-executivo do MME, Márcio Zimmermann; o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino; o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim; e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp.
Além da crise no setor elétrico, Dilma e Braga devem aproveitar a ocasião para conversar sobre a explosão de uma plataforma da Petrobras em São Matheus, no Espírito Santo. Segundo informações da Federação Única dos Petroleiros (FUP), três pessoas morreram, seis estão desaparecidas e outras dez estão feridas. O acidente teria ocorrido por volta de 14h50, devido a um vazamento de gás na praça de máquinas da casa de bombas da plataforma, que é operada pela BW OFF Shore. O incêndio já foi controlado.
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Segundo a Agência Estado, o plano de manter o horário de verão por mais um mês perdeu força dentro do governo. Oficialmente, o horário de verão acaba no dia 22 de fevereiro. O problema é que o governo recebeu avaliações segundo as quais os transtornos causados pela ampliação do horário de versão são maiores que os benefícios, o que pode fazer com que a ideia seja abandonada.
Um dos segmentos mais afetados é o da aviação civil, que já está com passagens emitidas, conforme a previsão original de fim do horário de verão. Uma nova alteração poderia causar problemas para as empresas, que teriam de readaptar os voos já marcados.
Por outro lado, a medida teria pouco impacto no consumo de energia dos brasileiros. O período de luminosidade até o fim do dia seria estendido, mas as manhãs ficariam mais escuras, o que obrigaria os consumidores a acenderem as luzes de suas casas mais cedo. Dessa forma, a possível economia de energia seria praticamente eliminada.
Em vigor desde 19 de outubro do ano passado, o horário de verão é aplicado em dez Estados – Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo – e no Distrito Federal. Nesse período, os relógios são adiantados em uma hora, uma forma de aproveitar mais a luz do dia e poupar eletricidade.
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(Com Estadão Conteúdo)