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Desemprego não perdoa executivos e atinge 20% em 2015

Dado é o mais alto da série histórica, iniciada há cinco anos, por consultoria de recursos humanos britânica Hays, em parceria com a ESPM

Por Da Redação
14 abr 2016, 10h55

Se as estatísticas gerais de desemprego no Brasil estão hoje em cerca de 9%, a situação parece ainda mais difícil para os profissionais que atuam em cargos de média e de alta gestão. Levantamento da consultoria de recursos humanos britânica Hays, em parceria com a ESPM, aponta que 20% dos analistas, gerentes e presidentes de empresas instaladas no país chegaram ao fim de 2015 desempregados. O dado é o mais alto da série histórica, iniciada há cinco anos, e mostrou que o total de profissionais sem vagas nos mais altos níveis hierárquicos mais do que dobrou em um ano.

O estudo ouviu 3,2 mil executivos de 400 empresas de grande, médio e de pequeno portes pelo Brasil, com concentração de 83% das respostas na região Sudeste. O universo dos entrevistados contemplou 32% de analistas e especialistas, 53% de coordenadores e gerentes e 15% de diretores e presidentes.

O estudo mostrou também que, entre os entrevistados que se mantiveram no emprego, sete em cada dez tiveram perda real de salário no ano passado. Segundo a pesquisa, 72% tiveram aumento salarial de até 10% – abaixo do acumulado da inflação oficial, de 10,67%. Em 2014, 46% dos entrevistados haviam tido perdas salariais.

Na opinião da gerente sênior da Hays, Caroline Cadorin, os dados só vieram confirmar o que o mercado já sentia na prática. “É a realidade que a gente sente no nosso dia a dia. Essa é uma pesquisa que representa bem a realidade nacional e, no ambiente corporativo, mostra o movimento de corte de empregos e redução de custos para tentar contornar a crise.”

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Além da taxa de desocupação, Caroline chama a atenção para uma movimentação que a executiva considera atípica dentro das corporações, marcada sobretudo por um rearranjo organizacional. “A gente capturou um movimento de ‘juniorização’ de profissionais. Algumas empresas cortaram posições ocupadas por profissionais sênior para substituí-los por funcionários menos experientes, que ganham menos”, diz.

Outra tendência, apontou a Hays, foram os acúmulos de função. “O que percebemos é que o mercado teve muita movimentação lateral, pessoas assumindo mais áreas, mas sem reflexo no aumento de salário”, ressalta a gerente da Hays.

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(Com Estadão Conteúdo)

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