CSN pode ser impedida de expandir mina Casa de Pedra
Projeto de lei que define os limites do tombamento das Serras Casa de Pedra deverá ser votado semana que vem
Os planos de expansão da mina Casa de Pedra, na cidade de Congonhas (MG), pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), podem ser frustrados. Isso porque deve ser aprovado em breve um projeto de lei que define os limites do tombamento das Serras Casa de Pedra. De acordo com o prefeito de Congonhas, Anderson Cabido, o projeto irá a votação na próxima semana.
A votação do projeto 27/2008, �que dispõe sobre os limites que compõem o espaço territorial tombado�, estava marcada para esta terça-feira, mas foi retirada da pauta. Uma das razões, segundo um vereador do município, foi a proximidade da eleição, além da própria complexidade do assunto, que vai interferir nos projetos futuros da CSN.
Segundo Cabido, a prefeitura decidiu se abster das discussões, mas acredita que a votação deverá ocorrer na próxima semana, após as eleições municipais no domingo.
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Histórico – O assunto está em pauta desde 2008. De acordo com o prefeito, os estudos ambientais já foram feitos e �todas as tentativas de acordo� realizadas não foram �possíveis pela contaminação eleitoral�. Mas a expectativa, nesse momento, é que o projeto deve ser aprovado.
No início do ano, o clima era outro: apesar de estar na pauta, era dado como certo na prefeitura que o projeto nº 27 não iria para frente e que a CSN teria facilidade em prosseguir com os investimentos na região. Segundo o prefeito, além da expansão da mina, a CSN também apresentou planos para a instalação de uma siderúrgica, com capacidade de 1,5 milhão de toneladas, e duas pelotizadoras.
No site da Câmara dos Vereadores de Congonhas, um texto cita encontros semanais das comissões criadas para discutir o assunto. �Atualmente, a ocorrência de intervenções irregulares na região da Serra Casa de Pedra e em seu entorno, decorrente de atividades minerárias predatórias, traz graves ameaças ao meio ambiente natural e cultural do Estado de Minas Gerais�, discorre o texto. Procurada, a CSN disse que não comentaria o assunto.
(com Agência Estado)