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Crise no Brasil é um dos maiores riscos internacionais em 2016, diz Eurasia

De acordo com a consultoria, a presidente Dilma Rousseff está lutando por sua sobrevivência política e a crise política e econômica deve piorar neste ano

Por Da Redação
4 jan 2016, 11h45

A crise política e econômica no Brasil está entre os dez maiores riscos para o cenário internacional em 2016. O alerta é da consultoria Eurasia Group que, nesta segunda-feira, publica seu ranking dos elementos de maior risco para o mundo no ano. O Brasil está na oitava posição.

“A presidente Dilma Rousseff está lutando por sua sobrevivência política e a crise política e econômica deve piorar em 2016”, alertou a entidade. Para a consultoria, as apostas de que haja uma solução não devem ser vistas com otimismo. “A batalha sobre o impeachment de Rousseff não deve colocar fim ao impasse político atual”, apontou o grupo, um dos maiores do mundo em termos de análise de risco político.

“Se ela sobreviver, seu governo não ganhará a força política necessária para fazer avançar as reformas econômicas que o país precisa para lidar com seu déficit fiscal cada vez maior”, indicou. “Se Rousseff cair, o governo liderado pelo vice-presidente Michel Temer não fará muito melhor”.

A consultoria também aponta para o impacto da Operação Lava Jato. “A presidente vai continuar vulnerável ao caso de corrupção Lava Jato”, disse. “Isso deve revelar novas evidências de irregularidades dentro de seu partido, o PT, que podem também levar a novos pedidos por seu impeachment”.

Para a Eurasia, o destino de Dilma pode ser definido ainda mais rápido se “seu mentor e ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva sentir a pressão das investigações e se virar contra a agenda de reforma de Rousseff”. Na avaliação do grupo, se Dilma continuar no poder, ela será “uma presidente cada vez mais cativa de elementos radicais de seu partido”, em conflito com o Congresso e que podem levar a uma “paralisia política”.

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Piora – A Eurasia estima que “a forma mais limpa de sair dessa crise política” está nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral, que avalia suspeitas de “fraude nas eleições presidenciais de 2014”. “Se a corte encontrar evidências de financiamento ilegal de campanha, ela pode convocar eleições em 90 dias. Ainda que improvável, tal resultado teria o benefício de colocar um novo presidente eleito com nova legitimidade política”.

Mas a própria consultoria não aposta neste cenário. “2016 será caracterizado por um aprofundamento da crise no Brasil”, alertou.

A lista dos maiores riscos para este ano é liderada pela fragilidade da aliança entre EUA e União Europeia, o que promete ter um “impacto global sobre o risco político”. Segundo a Eurasia, o informe “Top Risks” do ano tenta “identificar as tendências políticas e geopolíticas mais desafiadoras e pontos de estresse para investidores globais e participantes do mercado em 2016”.

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Em segundo lugar no ranking está o risco de que a Europa feche suas fronteiras diante do fluxo de refugiados e a ameaça terrorista. O impacto da desaceleração na China vem na terceira posição,seguido pela ameaça terrorista do Estado Islâmico.

A quinta posição no ranking é da Arábia Saudita, diante de sinais de desestabilização interna. No sexto lugar, a consultoria aponta para o surgimento de magnatas do setor da tecnologia como atores políticos, capazes de influenciar decisões internacionais. A sétima posição entre os maiores riscos de 2016 é a do fortalecimento de “líderes imprevisíveis”, como o russo Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, da Turquia.

Se o Brasil aparece na oitava posição, a nona é também relacionada com os países emergentes: a “falta de eleições livres” em muitos deles. O ranking é completado com a situação política na Turquia e o destino de Erdogan.

(Com Estadão Conteúdo)

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