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Crise europeia é mais política do que econômica, afirma chanceler espanhol

Ministro das Relações Exteriores acredita que bloco precisa de uma "solução política" e mais integração

Por Da Redação
16 nov 2012, 10h58

A crise da dívida que afeta o sul da Europa “é uma crise política”, provocada pelo fato da união monetária não ter sido acompanhada de uma união financeira e fiscal e, portanto, necessita de uma “solução política”, afirmou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, em um fórum empresarial reunido à margem da XXII Cúpula Ibero-americana.

Na Europa, “adotamos uma moeda única, mas não adotamos um mercado financeiro integrado, nem um governo econômico”, afirmou García-Margallo, explicando as razões da crise que atinge países como Espanha, Portugal e Grécia. O resultado, em sua opinião, foi uma taxa de juros única que proporcionou crédito fácil e consequentemente o surgimento de bolhas imobiliárias, cuja explosão afundou as economias, acrescentou.

Ele acredita que essas ‘ausências’ poderiam ser preenchidas com uma política monetária centralizada. Agora, “com absoluta irresponsabilidade, fala-se da saída de um país do euro”, ressaltou, em referência ao caso grego, lamentando que isso levará os investidores a desconfiar da vontade dos membros da zona do euro em permanecer juntos.

“A crise na Europa não é uma crise econômica, é uma crise política, e a solução é política”, declarou García-Margallo. Em sua visão, o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar a fazer empréstimos ilimitados, deve lançar uma união bancária e estabelecer um mecanismo de resolução de crises comum, porque o colapso de um parceiro afeta o grupo como um todo, afirmou. Além disso, “deve haver uma última trincheira, um mecanismo de resgate que coloque o dinheiro público, se o anterior não for o suficiente, para sair do problema”, acrescentou.

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Mais uma vez em recessão, desde o final de 2011, a economia espanhola sofre com o alto custo de financiamento dos mercados, desemprego de 25%, um setor imobiliário sinistrado e um bancário em plena reestruturação. O mercado espera que o governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy deva pedir ajuda financeira para a União Europeia em breve.

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(com Agence France-Presse)

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