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Criação de empregos é a melhor para março desde 2010

Foram criadas 112 mil vagas formais, ante 111 mil verificadas no mesmo período do ano passado. Em comparação a fevereiro, há desaceleração

Por Da Redação
17 abr 2013, 16h01

O Brasil registrou a abertura de 112.450 vagas formais de trabalho em março, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira. O dado veio pouco acima da mediana das expectativas de analistas, que previam cerca de 110 mil vagas, mas mostra desaceleração ante o número registrado em fevereiro, quando foram criadas 126,446 vagas. O número é o melhor para meses de março desde 2010, quando o país registrou recorde de 266.415 novas vagas.

O número do mês passado é resultado de admissões de 1.849.148 e demissões de 1.736.698. Segundo o MTE, a criação de emprego no mês passado foi 0,63% maior do que em março de 2012, pela série sem ajuste, quando foram criadas 111.746 vagas. Em 12 meses, o Brasil criou 1,097 milhão de empregos formais.

O saldo de criação de empregos no primeiro trimestre do ano é de 306.068. O número é 30,8% menor que o registrado em igual período do ano passado, quando 442.608 vagas foram criadas. Vale ressaltar que essa comparação é feita na série com ajustes (que leva em consideração dados enviados com atraso por empresas), com exceção do mês de março, que não é ajustado.

A oferta de emprego com carteira assinada no mês passado foi puxada pelo setor serviços, com 61.349 vagas, já descontadas as demissões. A indústria da transformação registrou contratação líquida de 25.790 trabalhadores e a construção civil admitiu 19.709 operários. Já o setor da agricultura fechou 4.434 vagas.

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Ao comentar os dados, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o avanço das oportunidades no setor serviços, que influenciou o resultado de março, está ligado à melhora dos salários dos trabalhadores. Dias também argumentou que a seca no Nordeste e a entressafra influenciaram os dados negativos do emprego na agricultura.

O mercado de trabalho é uma das principais variáveis que sustentam o crescimento econômico, sobretudo num momento em que a retomada da economia ainda não passa de discurso do governo e não pode ser verificada, com consistência, nos indicadores econômicos.

Contudo, o mesmo emprego que tem feito a economia andar – ainda que devagar – já começa a sentir os efeitos nocivos da inflação. A demanda já começou a dar sinais de cansaço, com as vendas de varejo tendo registrado em fevereiro a primeira queda em quase dez anos, afetadas pelo aumento de preços.

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Ainda nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne e a expectativa do mercado é de que eleve a Selic, hoje na mínima histórica de 7,25%, em 0,25 ponto porcentual.

O nível de desemprego divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se refere ao mês de fevereiro, mostra que a taxa ficou em 5,6%, o nível mais baixo para esses meses desde o início da série em 2002.

(Com Reuters)

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