Criação de emprego em setembro tem pior desempenho desde 2001
O saldo líquido de empregos formais criados em setembro foi de 150.334, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
O saldo líquido de empregos formais criados em setembro foi de 150.334, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Trata-se do resultado mais baixo para o mês desde 2001, quando ficou em 80.028. O maior volume de vagas criadas em um mês de setembro desde então foi em 2008, de 282.841 postos.
Leia também:
MTE considera Caged positivo ante cenário de desaceleração
O resultado é fruto de admissões de 1.664.747 empregados com carteira assinada e desligamentos de 1.514.414 pessoas. Houve queda de 40,18% em relação à criação de emprego do mesmo mês de 2011. Esse número leva em conta os dados ajustados, ou seja, que já incluem as informações do mercado de trabalho formal enviadas pelas empresas fora do prazo.
O volume ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados, de 120.000 a 220.000 vagas com carteira assinada – mas abaixo da mediana, de 167.500 postos formais. No acumulado do ano até setembro, o saldo líquido de empregos ficou em 1.574.216.
Já na comparação sem ajuste, que considera o primeiro dado divulgado pelo MTE sem a compilação das informações enviadas com atraso pelas empresas, foi constatada uma queda de 28,09% na criação de empregos com carteira em setembro ante setembro de 2011, quando o saldo foi de 209.078. Esta é a forma de comparação defendida pelo MTE. Levando-se em conta os dados sem ajuste, esta foi a primeira vez que a criação de vagas formais em setembro foi inferior a 200 mil vagas desde 2006, quando o saldo foi de 176.735.
(Com Agência Estado)