Crescimento do Brasil em 2012 e 2013 foi maior do que o que se sabia, diz IBGE
Instituto revisa dados e mostra que avanço do PIB brasileiro há dois anos foi de 3%, e não de 2,7%; alta de 2012 passou de 1,8% para 1,9%
O crescimento da economia brasileira em 2012 e 2013 foi maior do que o que se sabia. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou os resultados do produto interno bruto (PIB) referentes a esses dois anos. Segundo os dados revisados, o PIB brasileiro cresceu 1,9%, e não 1,8%, como originalmente divulgado pelo IBGE. O aumento foi maior no dado de 2013, que passou de crescimento de 2,7% para 3%.
A diferença é resultado da mudança no cálculo das contas nacionais, que passam a incorporar recomendações internacionais. O trabalho de reformulação das contas nacionais levou três anos para ser concluído. A primeira parte da atualização da série histórica, retroativa até o ano 2000, foi divulgada em março deste ano. O IBGE publicou nesta terça-feira as revisões para 2012 e 2013.
O PIB brasileiro (a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) foi de 4,8 trilhões em 2012. Em 2013, o PIB totalizou 5,3 trilhões. O PIB per capita, por sua vez, foi de 24.121 reais em 2012, o que representou uma alta de 1% em relação a 2011. Em 2013, o PIB per capita ficou em 26.445 reais, aumento de 2,1% em comparação com 2012.
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O IBGE revisou também o resultado da taxa de investimento no país em 2013, que saiu de 20,5% para 20,9%. Já a taxa de investimento de 2012 passou de 20,2% para 20,7%. A taxa de poupança em 2013 ficou em 18,3%, enquanto a taxa de poupança em 2012 foi de 19,1%.
Houve também revisão no resultado do PIB agropecuário de 2012, que saiu de queda de 2,5% para baixa de 3,1%. Já o PIB da indústria passou de alta de 0,1% para queda de 0,7%. Na direção oposta, o PIB de serviços melhorou de 2,4% para 2,9%.
Quanto ao ano de 2013, o IBGE revisou a taxa de crescimento do PIB agropecuário, de alta de 7,9% para 8,4%. Já o PIB da indústria passou de alta de 1,8% para 2,2%. O PIB de serviços melhorou de 2,5% para 2,8%.
Pela ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) de 2012 foi revista de queda de 0,6% para avanço de 0,8%. A taxa do consumo das famílias passou de alta de 3,9% para 3,5%, enquanto o consumo do governo saiu de 3,2% para 2,3%.
Quanto ao ano de 2013, a FBCF foi revista de aumento de 6,1% para avanço de 5,8%. A taxa do consumo das famílias passou de alta de 2,9% para 3,6%, enquanto o consumo do governo saiu de 2,2% para 1,5%.
(Com Estadão Conteúdo)