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Corte de despesas pode atingir subsídios do BNDES, diz Mantega

Ministro da Fazenda também afirmou que a redução de gastos atingirá seguro-desemprego, abono salarial e auxilio-doença

Por Luís Lima 7 nov 2014, 14h24

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta sexta-feira que o governo vai diminuir subsídios ao crédito privado via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o ministro, os ajustes também devem afetar benefícios cada vez mais caros aos cofres públicos como seguro-desemprego, abono salarial e auxílio-doença – que hoje custam 70 bilhões de reais por ano à União – e pensão por morte – 90 bilhões de reais anuais.

Mantega não deu detalhes sobre as medidas que serão adotadas, e também não disse quando elas entram em vigor. Ele explicou, no entanto, que correm mais riscos os programas de financiamento do BNDES concedidos às empresas, com juros abaixo da taxa básica (Selic, hoje em 11,25% ao ano). A entidade tem recebido expressivas injeções de recursos do Tesouro Nacional para arcar com esses gastos e, por isso, eles devem ser reduzidos.

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Bancos – O ministro atribuiu a maior participação dos bancos públicos na economia brasileira aos efeitos da crise de 2008, mas afastou a possibilidade de que isso seja uma política de governo. “Em um primeiro momento, houve falta total de crédito. Daí ativamos os bancos públicos para compensar essa falta, enquanto os privados ficaram em uma posição mais conservadora”, afirmou.

Mantega acredita que esse quadro deve mudar em breve, com a melhora na economia e o consequente “destravamento” do crédito das instituições privadas.

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Diferente de sua postura antes das eleições, Mantega usou boa parte de sua fala para reforçar a necessidade de se fazer ajustes na política fiscal e monetária no ano que vem. “Estamos aqui trabalhando para fazer esse ajuste nas contas de 2014 para que se reflita nas contas de 2015. Para que o ano comece com menos pressão de alguns custos na economia. O desafio será fazer essa transição de um período de crise, de uma política anticíclica para uma preparação para um novo ciclo de expansão que virá.”

Ao longo da campanha, o papel dos bancos públicos foi um dos principais temas econômicos levantados pelos candidatos. Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) criticaram a interferência do governo no comando das instituições e afirmaram que, se eleitos, batalhariam para melhorar sua eficiência e gestão e reduziriam alguns estímulos dados pelos bancos. À época, a presidente bradou: “Esse é um pleito absurdo, que é tirar o maior instrumento de financiamento de longo prazo do país, comprometendo, dizendo ‘não’… Os dois candidatos, Marina e Aécio, um fala em reduzir o tamanho e um fala em reduzir o papel dos bancos públicos”, disse.

Sobre o BNDES, que recebe anualmente aportes bilionários para poder crescer, a presidente negou que o banco fosse conduzido de forma errada. “O BNDES tem taxa de inadimplência de 0,06%. No primeiro semestre de 2014, deu um lucro de 5,5 bilhões de reais. O BNDES é um banco de grande porte. É uma leviandade tratá-lo como vem sendo tratado nesta campanha.”

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