A presidente Dilma Rousseff ressuscitou nesta quinta-feira o chamado Conselhão, um grupo formado por ministros, empresários e membros da sociedade civil para sugerir alternativas para tirar o país da crise. Diante de uma economia devastada e a insatisfação geral do meio empresarial, o governo evitou dar holofotes às críticas que podem reverberar nesta tarde no Palácio do Planalto e, ao contrário do que fazia o ex-presidente Lula, tornou o encontro fechado à imprensa. A fala de abertura do ministro Jaques Wagner foi transmitida pela TV NBR, que é o veículo de comunicação oficial do governo, e uma parte do pronunciamento de Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, também acabou indo ao ar. O executivo foi direto ao ponto: afirmou que atualmente há uma pauta única no país, e o que traz “angústia” é a necessidade de “tirar o país da recessão”. Mais adiante, ele reforçou que os conselheiros devem ter propostas para o Brasil “sair do imobilismo”: “Para a retomada do caminho do futuro é preciso acabar com a crença de que é possível de forma permanente dirigir um carro que avança na noite com os faróis voltados para a ré. Precisamos avançar”, afirmou o presidente do Bradesco. A transmissão, em seguida, foi cortada. (Marcela Mattos, de Brasília)
Leia também:
Ano será marcado por incerteza na economia global, diz Tombini
Do Conselhão para a carceragem de Curitiba
No Conselhão, Bumlai ‘sensibilizou’ o BNDES. E levou mais crédito