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Congresso votará na próxima semana projeto que oficializa rombo nas contas públicas

Sessão deverá ocorrer na terça ou na quarta-feira, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 Maio 2016, 16h07

Diante da dificuldade da nova equipe econômica do presidente interino Michel Temer de definir o tamanho do rombo das contas públicas do governo, o Congresso será convocado apenas na próxima semana para a sessão conjunta que votará a nova meta fiscal do governo. A sessão, segundo o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá ocorrer na terça ou na quarta-feira.

Ainda nesta semana, na quinta, o novo ministro do Planejamento Romero Jucá vai expor ao Congresso linhas gerais do novo desenho das contas públicas. “O governo ainda não tem os números [da nova meta]. É prudente esperar. Tão logo tenhamos clareza sobre o déficit, convocaremos [o Congresso]. Esta semana não haverá [sessão do Congresso]”, disse Renan.

Nos dias que antecederam a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o então ministro da Fazenda Nelson Barbosa havia informado que pediria ao Congresso autorização para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 e registrar um rombo de pouco mais de 96 bilhões de reais, o que representará o terceiro ano consecutivo de déficit primário. A equipe do presidente interino Michel Temer, no entanto, prevê que o rombo pode ultrapassar os 120 bilhões de reais.

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Sem um cenário claro sobre o tamanho do déficit e com a intenção de que a nova meta já inclua todos os riscos fiscais do ano, auxiliares do ministro da Fazenda Henrique Meirelles ainda trabalham para fechar uma nova proposta. Por trás dessa estratégia está a construção de uma narrativa de que, se o resultado for menos catastrófico do que as previsões de rombo projetam, o governo terá o discurso de que fez um esforço fiscal desconhecido pela administração Dilma Rousseff nos últimos anos.

A maquiagem nas contas públicas foi um dos argumentos utilizados para embasar o processo de impeachment contra Dilma. A denúncia contra a petista por crime de responsabilidade leva em consideração o fato de ela ter escondido a real situação da economia brasileira ao assinar decretos de liberação de crédito extraordinário, sem aval do Congresso, para garantir recursos a programas específicos.

No caso dos decretos, o então advogado-geral da União José Eduardo Cardozo afirmou em defesa da presidente afastada que, embora tenham sido criados créditos de 95,9 bilhões de reais, a maior parte – 93,4 bilhões de reais – seria apenas remanejamento de recursos, e não criação de novas despesas. Para tentar justificar os valores considerados irregulares na denúncia, o Palácio do Planalto afirmou na reta final do impeachment que os créditos levavam em conta a liberação de recursos para despesas do Ministério da Educação (1,256 bilhão de reais), da Justiça do Trabalho (171 milhões de reais) e do Ministério da Defesa (121 milhões de reais).

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