Congresso mexicano aprova reforma fiscal do governo
Presidente mexicano propôs a maioria dos reajustes dos impostos para ajudar a financiar a rede de segurança social e aumentar os investimentos públicos
O Congresso do México aprovou um projeto de reforma fiscal que inclui taxas mais elevadas para os ricos e novos impostos sobre os dividendos das empresas e alimentos açucarados. Alterações de última hora no texto incluíram o aumento do imposto proposto sobre alimentos altamente calóricos, de 5% para 8%.
O projeto de lei foi posteriormente aprovado pela Câmara dos Deputados. O Senado também votou a favor de um novo imposto de um peso por litro de alimentos açucarados e uma taxa de 8% sobre junk foods, como batatas fritas, chocolates, doces e sorvetes.
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O projeto de lei aumenta a taxa de imposto de renda máxima para 35% para aqueles que ganham mais de 3 milhões de pesos por ano (235 000 dólares). Um imposto de 10% sobre os ganhos de capital também foi aprovado e dezenas de deduções e falhas corporativas foram eliminadas. A reforma cria um novo imposto de 7,5% sobre os ganhos das companhias de mineração e uma taxa adicional de 0,5% sobre as vendas de ouro, prata e platina.
A aprovação da reforma representa uma vitória para o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, que deve assinar o projeto de lei. O presidente propôs a maioria dos reajustes dos impostos para ajudar a financiar a rede de segurança social e aumentar os investimentos públicos. O governo mexicano ainda argumentou que o país precisa aumentar a sua receita fiscal não petrolífera, que é uma das mais baixas da América Latina.
(com Estadão Conteúdo)